Os fabricantes dos principais browsers juntaram-se numa iniciativa inédita, para eliminar os problemas de interoperabilidade entre navegadores de internet, mais assinalados pelos programadores. O objetivo é facilitar a vida aos programadores e garantir aos utilizadores uma experiência de navegação harmonizada, em qualquer plataforma.

A trabalhar em conjunto no projeto Interop 2022 estão Google, Microsoft, Apple e Mozilla Foundation, a par de outros parceiros. As empresas representam, respetivamente, o Chrome, Edge, Safari e Firefox e vão criar um novo referencial para o desenvolvimento web.

Numa publicação no site web.dev explica-se que a colaboração visa ajudar os programadores a ultrapassar aspetos penosos do desenvolvimento web, para que possam passar menos tempo à volta das inconsistências dos browsers e mais tempo dedicados à experiência web que querem criar.

O novo referencial vai centrar-se em 15 áreas principais, que frequentemente têm abordagens distintas por diferentes plataformas de navegação web, para garantir que passam a seguir os mesmos princípios. Incluem layers em cascata, funções de cor CSS, scrolling, entre outras.

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O projeto vai prolongar-se por vários anos e os progressos vão poder ser acompanhados por utilizadores e programadores através de painéis de informação, que vão dar conta do estado de implementação de cada mudança e da maturidade das versões atualizadas dos diferentes browsers.

O Interop 2022 vai beber à experiência do Compat 2021, um primeiro esforço liderado pela Google e pela Mozilla no mesmo sentido, que nasceu em 2019 e a partir do ano passado já permitiu fazer  ajustes nos dois navegadores.

Na nota que divulga o projeto explica-se que os termos compatibilidade e interoperabilidade têm conotações distintas para quem desenvolve navegadores. Interoperabilidade “refere-se a dois ou mais navegadores que se comportam da mesma forma” e é nesse sentido que a expressão também é aqui usada.

A Google lidera hoje o mercado de navegação na internet. De acordo com dados da Statcounter, em fevereiro garantiu uma quota de mercado mundial de 62,78%. O segundo lugar do ranking era ocupado pelo Safari com 19,3%, o Firefox tinha 4,2% e o Edge, da Microsoft, 4,05%.

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