Em cada segundo 18 adultos são vítimas de cibercrimes em todo o mundo, resultando em mais de meio milhão de vítimas por dia, revela hoje a Symantec na edição de 2012 do seu estudo anual Norton Cibercrime Report.

O relatório, feito com base nas informações de 13 mil adultos distribuídos por 24 países, estima que cada vítima perca $197 por ano devido a ataques informáticos, o que resultou num custo anual de 110 mil milhões de dólares para os consumidores - mesmo assim, bem abaixo dos 338 mil milhões registados em 2011.

O estudo da Symantec é uma fonte vasta para jogos de números e comparações, por exemplo, ao estimar que 556 milhões de adultos de todo o mundo foram vítimas de uma qualquer experiência de cibercrime, ou seja, "mais do que a população da União Europeia". Outra das comparações é feita em relação ao valor que cada utilizador perde com os ataques, "que daria para alimentar uma família de cinco pessoas durante uma semana".

Apesar de tudo, a empresa conclui que a percentagem de utilizadores de Internet afetados nos últimos dois meses se manteve estável face aos indicadores registados em 2011 - 46% para este ano, contra 45% registado no ano passado.

Considerado como um dos mais completos estudos sobre cibercrime realizado atualmente, a edição de 2012 do Norton Cibercrime Report sugere um aumento de novas formas de cibercrime em relação ao ano anterior, com as redes sociais e os dispositivos móveis a surgir como as plataformas de ataque mais comuns.

A Symantec desfila um leque de conclusões que reforçam estas novas formas de ataque: por exemplo, 21 por centos dos utilizadores adultos referem já ter sido vítimas de cibercrime em redes sociais ou a partir de dispositivos móveis; e 39% dos utilizadores das redes sociais admitem já terem vítimas de "cibercrime social", com destaque para o roubo de identidades (15%) e para a receção de mensagens de desconhecidos a sugerir o clique numa ligação (31%).

"Os cibercriminosos estão a mudar as suas táticas para os alvos em rápido crescimento das redes sociais e das plataformas móveis, onde os consumidores estão normalmente menos atentos a riscos de segurança" refere a especialista em segurança na Internet da Symantec, Marian Merritt.

A mesma responsável explica que "isto espelha o que observámos no recente Symantec Internet Security Threat Report, já este ano, que concluiu que as vulnerabilidades nas plataformas móveis quase duplicaram relativamente a 2011.

Como principais conselhos para os utilizadores, a Symantec refere que a criação de palavras-chave robustas e a sua "alteração regular" continuam a ser procedimentos essenciais para evitar dissabores, destacando as contas e correio eletrónico como a base de acesso a informação pessoal e profissional.


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