O motor de busca Google – considerado dos mais imunes às investidas de certos sectores empresariais para fazer com que os seus sites sejam dos mais visitados – está a ser vítima de ataques perpetrados por alguns cibernautas decididos a viciar a classificação dos sites mais procurados, assegurando que uma página Web esteja no topo da lista dos resultados apresentados a partir de uma determinada frase de pesquisa.



Neste momento prevalece o receio de que algumas áreas de negócio comecem a utilizar esta técnica que foi já apelidada de "bombardeamento" para influenciar os resultados das listas colocando os seus sites em primeiro lugar.



De acordo com informações divulgadas pelo serviço informativo BBC News, os responsáveis do Google fazem regularmente uma vistoria pela Internet para avaliar o que nela se encontra, um processo muito semelhante ao de outros motores de busca. No entanto, o Google considera o número de links de outros sites para um em particular e as frases utilizadas para o descrever para avaliar a sua importância, em vez de olhar apenas para a descrição que os responsáveis fazem do seu próprio site, um processo submetido a um algoritmo desenvolvido pelos fundadores do Google ainda na Universidade de Stanford, denominado PageRank.



Este processo leva a que as páginas que muitas pessoas consideram úteis obtenham uma classificação mais elevada do que as que ninguém referencia. Outro método que o Google aplica é atribuição de uma avaliação mais elevada a novas páginas Web e links do que aos sites mais antigos.



Após analisar esta forma de trabalho, alguns cibernautas conseguiram encontrar uma maneira de induzir em erro a apresentação das páginas nos resultados das pesquisas feitas a partir de uma frase.



Quem primeiro terá utilizado as vantagens do bombardeamento no Google foi Adam Mathes, que tem um diário online – um weblog – onde coloca os seus pensamentos e links que considera interessantes, no ano passado. Adam Mathes começou por assegurar que a frase de pesquisa "talentless hack" fosse dar ao site do seu amigo Andy Pressman, um método que rapidamente se alastrou ao resto da comunidade weblogging – cibernautas que possuem diários digitais.



Entretanto, esta prática foi utilizada por estes detentores de diários online para apresentar protestos e lutar contra aquilo que consideram a influência desonesta de algumas organizações e indivíduos na Internet.



Por exemplo, entre as várias aplicações desta técnica encontramos o caso de David Gallagher, que está determinado a ser o "David Gallagher" mais conhecido da Net, de outros que preferem divulgar o caso do jornalista do Wall Street Journal, Daniel Pearl – assassinado recentemente no Afganistão –, ou então chamar atenção dos cibernautas para empresas menos escrupolosas que exploram a Net com fins publicitários e combater as tendências preconceituosos de alguns grupos religiosos.



Através da cooperação destes cibernautas que apresentam os mesmo links e os descrevem de modo semelhante nas suas páginas o Google vai, certamente, apresentá-los com um bom resultado perante uma frase de pesquisa.


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