A publicidade online tem a grande dificuldade de não conseguir gerar interesse e interatividade por parte dos utilizadores. As taxas de conversão entre número de pessoas que veem um anúncio e que carregam no mesmo para saber mais sobre o produto ou o serviço é muito baixa: 0,1%, de acordo com dados da Clickly.

E é a startup portuguesa quem diz ter uma das soluções para este problema. A empresa desenvolveu um sistema de informações contextuais que podem ser integradas em texto e imagens, seja em sites ou redes sociais. Ao ser mais contextual - e mais apelativo do ponto de vista visual - há uma maior probabilidade de o público se interessar pelos conteúdos.

Para perceber melhor como a Clickly funciona pode sempre espreitar o primeiro projeto da empresa, o ClinkPic: basicamente permite ao utilizador acrescentar pontos interativos, que abrem janelas com vídeos, imagens ou mais texto, dando mais contexto e mais dinamismo aos conteúdos Web.

O sistema inovador valeu à startup portuguesa uma parceria com a Shopify, uma tecnológica que disponibiliza soluções de comércio eletrónico e que tem uma forte presença num dos maiores mercados do mundo, o da América do Norte.

O diretor executivo da Clickly, Guilherme Lopes, conta ao TeK que a parceria surgiu de um contacto informal que houve entre elementos das duas empresas, mas rapidamente “o interesse multiplicou-se”.

Além da grande visibilidade que a Shopify garante à startup portuguesa, o CEO diz que também é importante ao nível da credibilidade. Algo que se fez notar logo a seguir à parceria pelos três outros interessados que surgiram para falar com a tecnológica portuguesa.

Como o Clickly está desenvolvido num sistema de integração com outras plataformas, vão surgindo mais grandes nomes interessados na ferramenta da empresa. Guilherme Lopes confirmou que está a ser fechado “um contrato bastante grande” com o SAPO e que em Portugal já conta com clientes importantes da área do marketing.

Os convidados especiais

A Google abriu recentemente em Espanha uma incubadora de startups e a Clickly além de ter sido convidada a juntar-se ao núcleo empreendedor, é a única empresa não espanhola que para já marca presença no Startup Campus Madrid.

Apesar de ainda só ter participado de forma ativa numa semana de testes que foram realizados com o apoio da tecnológica norte-americana, Guilherme Lopes diz que a empresa portuguesa tem carta branca para voltar quando quiser, assim como tem garantido um espaço próprio.

A própria Google pode tornar-se numa dos parceiros de integraçao da Clickly, como confirmou o responsável da startup ao TeK.

Sobre as diferenças do ambiente empreendedor que se vive nos dois países, o CEO da Clickly não tem dúvidas de que “as startups em Espanha estão mais atrasadas do que em Portugal”. A justificação está ligada ao facto de as startups espanholas olharem quase exclusivamente para o mercado interno ou latino americano, algo que Guilherme Lopes estranha pela existência de mais capital de investimento no país vizinho.

“Nós [startups portuguesas] aproximámo-nos mais da cultura americana”, salienta.

Daqui para a frente o objetivo principal da Clickly é otimizar a tecnologia existente e torná-la o mais automática possível, para que pequenas e grandes empresas possam tirar mais partido das potencialidades de interatividade na Internet.

Rui da Rocha Ferreira

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