O National Infrastructure Protection Center – NIPC – acaba de publicar o documento "Considering The Unintended Audience" que aconselha as empresas norte americanas que disponibilizam serviços e bens ao grande público a ter mais atenção com os conteúdos que colocam online, pois poderão estar a disponibilizar informações passíveis de serem utilizadas por indivíduos com intenções criminosas. Os sectores mais alertados são os dos transportes, fornecimento de água e energia, e as finanças.



Embora o alerta não tenha especificado que a Internet era o alvo dos criminosos, a protecção de dados tecnológicos é uma prioridade para o governo de Bush, que chama atenção para a quantidade de estruturas militares e empresas fornecedoras de bens de primeira necessidade cuja segurança física é controlada e ligada por computadores. Já em Novembro do ano passado o FBI tinha alertado através da sua divisão protecção da rede Internet para os perigos da possibilidade de ataques informáticos ligados a motivações políticas.



Segundo informações reveladas pelo órgão de comunicação Newsbytes, o facto das empresas colocarem na Web elementos como planos de emergência e plantas das suas infraestruturas pode colocá-las num lugar mais vulnerável, para além da possibilidade de alguém entrar nos seus sistemas internos a partir do exterior e provocar danos irreversíveis.



O FBI, nas palavras da presidente adjunta do programa nacional InfraGard desta entidade governamental que pesquisa as vulnerabilidades dos sistemas informáticos em conjunto com a NIPC, Phyllis Schneck – que é também vice presidente da SecureWorks –, tinha já chamado a atenção para a possibilidade de se estarem a preparar mais ataques que têm como alvos algumas infraestruturas vitais dos Estados Unidos. Não foram revelados, no entanto, mais pormenores sobre o porquê deste alerta.



Para já fica o exemplo da Nuclear Regulatory Commission norte americana que retirou, após os ataques de 11 de Setembro, toda a sua informação da Net já que foi de imediato levantada a questão sobre se seria possível planearem-se mais ataques com base no seus conteúdos online. No Outono passado, foi a vez da Environmental Protection Agency colocar offline os planos de risco sobre quais as medidas a tomar, pelas comunidades, em caso de desastre químico.



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