O governo cubano de Fidel Castro decidiu reforçar o controlo sobre a Internet naquele país, suspendendo o acesso sobre o normal serviço telefónico de baixo custo oferecido pelo operador de telecomunicações nacional Etecsa. A decisão deverá afectar centenas ou mesmo milhares de cubanos que, ilegalmente, acediam à Web a partir de suas casas, usando computadores e contas Internet que tinham alugado ou adquirido no mercado negro.
As regras de acesso à Web impostas pelo governo cubano já eram bastante limitativas, sendo necessário requerer uma permissão junto do mesmo para que a acção estivesse dentro da legalidade, o que a maioria dos cubanos não fazia, embora pudesse consultar caixas de correio electrónico internacionais e os sites inseridos na intranet controlada pelo governo, relacionados com emprego e com instituições de ensino.
Segundo as novas regras, só os cubanos autorizados - apenas alguns médicos e membros do governo - é que poderão aceder à Internet através do regular serviço telefónico da nação, refere a Associated Press. Uma lei necessária, segundo o estado cubano, para "regular o acesso dial-up ao serviço de navegação na Internet", adoptando medidas que ajudarão a proteger contra o roubo de passwords, actos maliciosos, e ao uso não autorizado e fraudulento do serviço".
A maioria das empresas e indivíduos estrangeiros estão autorizados a usar a Internet em Cuba, normalmente através de um serviço telefónico mais caro, cobrado em dólares americanos, e por isso fora das posses da maioria dos cidadãos.
O E-net, o serviço Internet do operador telefónico cubano Etecsa, informou os seus clientes, numa carta data da passada sexta-feira, que a nova lei entraria em vigor a partir do dia a seguir e que afectaria todos os outros fornecedores de acesso à Internet cubanos igualmente.
A E-net é o maior de uma mão-cheia de fornecedores de acesso à Internet que existem em Cuba, todos eles monitorizados e controlados pelo governo de Fidel Castro.
Os clientes da E-net que não subscrevam o serviço telefónico pago em dólares poderão manter o acesso à Internet através do serviço normal, adquirindo cartões especiais vendidos nas lojas Etecsa, indica a carta.
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