A BitDefender apresentou um estudo sobre a propagação de ameaças informáticas através do Facebook e avisa que aquela que é a maior rede social do mundo é também um dos locais mais propícios à disseminação de ameaças informáticas como o spam, malware e phishing. Principalmente quando se joga.

Na base do problema está a confiança, isto porque os internautas estão mais predispostos a aceitar novas "amizades" quando estão a utilizar plataformas deste género, destinadas ao contacto social. E a tendência e a falta de cuidado agravam-se quando falamos das aplicações de jogos baseadas nestas plataformas, onde ter mais "amigos" inscritos faz aumentar as pontuações dos jogadores.

De acordo com a empresa de segurança informática, a maior parte dos membros da rede social são algo selectivos quando se trata de adicionar desconhecidos, mas a dificuldade em travar novos conhecimentos diminui drasticamente quando estes têm em comum o uso (ou são membros de um grupo de fãs) de uma aplicação como o Farmville - o jogo mais usado actualmente pelos membros do Facebook.

Como os esquemas para envio de spam e phishing mais bem sucedidos recorrem normalmente à clonagem de perfis existentes, a BitDefender levou a cabo uma experiência, criando três perfis falsos. O primeiro não apresentava fotografia e continha poucos dados, o segundo tinha fotografia e mais alguma informação e o terceiro, para além da fotografia, tinha sido preenchido com variada informação sobre o (virtual) autor do perfil.

Com estes três perfis, os especialistas aderiram a quatro grupos de interesses genéricos, como o "ADDICTED TO FAMILY GUY" e o "Chocolate = Love!!!". No espaço de uma hora, o primeiro perfil conseguiu estabelecer contacto com 23 utilizadores, o segundo com 47 e o terceiro com 53.

Mas quando os mesmos perfis foram usados para subscrever grupos dedicados a aplicações de jogos para a rede social, o número de novos "amigos" mais do que duplicou, para 85 no caso do primeiro perfil, 108 para o segundo, e 111 para o terceiro.

No relatório a empresa explica ainda que a terceira parte da "experiência" consistia em tentar adicionar "amigos em comum" com os novos conhecimentos travados, o que se revelou uma tarefa fácil, com 50 por centos dos convites a serem aceites.

Os especialistas experimentaram ainda colocar no mural dos seus amigos virtuais uma ligação para uma página Web, usando um endereço "encurtado" e sem qualquer texto a acompanhar a publicação, e verificar quantos utilizadores seguiriam o link: 24 por cento visitaram a página.