
A Geração Z tem vindo a redefinir a paisagem digital. Nascida e criada num mundo tecnológico em rápida evolução, é considerada como a geração com mais conhecimento sobre a Internet até à data, deixando “pegadas online” muito antes de compreenderem totalmente os seus riscos.
Por exemplo, para a Geração Z, partilhar momentos da vida online tornou-se parte da sua natureza, com as redes sociais a estarem repletas de selfies com marcação geográfica, atualizações diárias e histórias pessoais. A partilha excessiva pode revelar inadvertidamente detalhes sensíveis, tornando os seus hábitos previsíveis.
Para os cibercriminosos, esta partilha constante cria uma pegada digital que pode ser usada para explorar o roubo de identidade ou ataques de engenharia social, realçam os investigadores da Kaspersky.
O FOMO (Fear of Missing Out) é um poderoso motor para a Geração Z, alimentado pelas atualizações das redes sociais sobre o lançamento de novos produtos, concertos e eventos. Quer se trate do lançamento de um novo iPhone, da Eras Tour da Taylor Swift ou de um grande evento desportivo, o FOMO pode levar os utilizadores a clicar em links suspeitos que prometem acesso antecipado a eventos ou ofertas exclusivas.

Os cibercriminosos exploram esta urgência através de esquemas de phishing e clickbait, levando os utilizadores a sites maliciosos que roubam as credenciais de login e infetam os equipamentos com malware. Bilhetes falsos para eventos, esquemas de pré-encomendas de produtos e informações privilegiadas “divulgadas” são apenas algumas das táticas utilizadas para manipular os utilizadores através deste medo.
O fascínio da Geração Z pela cultura do início dos anos 2000, da estética Y2K aos jogos de infância, reavivou o interesse por títulos retro como The Sims 2, Barbie Fashion Designer e Bratz Rock Angelz. Embora estes jogos evoquem nostalgia, a procura por versões não oficiais gratuitas leva os utilizadores a websites que propagam malware. Os cibercriminosos visam este nicho de interesse, incorporando software malicioso em ficheiros de jogos falsos.
A Geração Z gosta de roupas expressivas e segue as mais recentes tendências, com as retalhistas de Fast Fashion, como a Shein, a oferecerem formas acessíveis de mudar de “look”. No entanto, sites fraudulentos de compras, códigos promocionais falsos e anúncios de phishing aproveitam-se da popularidade destas marcas, com imitações convincentes para levar os utilizadores a partilharem dados sensíveis.

A obsessão da Geração Z por tecnologia pode resultar num fenómeno chamado "iDisorder". Esta é uma condição em que a capacidade do cérebro para processar informação se altera devido à exposição excessiva à tecnologia, resultando em perturbações psicológicas, físicas e sociais.
Cada vez mais jovens recorrem a ferramentas digitais, incluindo plataformas de teleterapia e rastreadores de saúde mental, para lidarem com condições como depressão e ansiedade. No entanto, estas plataformas armazenam informação pessoal altamente sensível, incluindo estados emocionais, notas de terapia e rotinas dos utilizadores. Se forem atacadas por cibercriminosos, os dados podem ser explorados para chantagem ou phishing.
“As tendências podem evoluir rapidamente, mas as ciberameaças subjacentes permanecem constantes”, afirma Anna Larkina, especialista em privacidade da Kaspersky.
“Quer seja a aproveitar a paixão da Geração Z pelas compras online, a capitalizar a urgência criada pelo FOMO ou a visar a crescente utilização de aplicações de saúde mental, os atacantes são rápidos a transformar comportamentos populares em oportunidades de phishing, burlas e violações de dados”, realça.
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