Um grupo de hackers terá acedido a milhares de endereços de email e respetivas palavras-passe de entidades públicas, entre elas do gabinete da Presidência da República, Procuraria Geral da República, polícia, bancos, partidos, Segurança Social e até clubes de futebol. O grupo de hackers, conhecidos como CyberTeam, terá planeado um ataque concentrado para libertar online esses dados, no dia do início do julgamento do caso coletivo Anonymous, avança o Correio da Manhã.

O julgamento reúne 21 pessoas acusadas de pirataria informática, entre elas Rui Cruz, o fundador do TugaLeaks. A publicação avança que o ataque, que chegou mesmo a divulgar dados em websites para adultos, foi uma retaliação para desviar atenções do julgamento. Foram divulgados dados confidenciais de redes sociais, incluindo a partilha de ficheiros, assim como registos feitos em websites de encontros sexuais com contas institucionais.

Os hackers terão deixado uma mensagem com o rosto de José Sócrates com a frase “É um dever cívico de todos os portugueses lutarem contra a corrupção”.

Na lista das entidades públicas que foram vítimas da exposição constam a própria polícia, GNR, PSP e PJ, a Força Aérea e a Marinha. A Câmara Municipal de Lisboa, Porto, Santarém, Oeiras, Viana do Castelo e Bragança, assim como os governos regionais da Madeira e Açores também viram vários dados partilhados. Assim como os bancos Novo Banco, BPI, CGD e até o Banco de Portugal foram visados.

Mas a lista não acaba por aqui, e empresas como a EDP, MEO, Sonae, Pingo Doce, Rádio Popular, Worten, Fnac, ZON, NOS, Efasec, Sonangol também estão incluídas, assim como na área de futebol os três grandes e o Braga, assim como a própria FPF. Os jornais Público, DN, JN, TSF e Agência Lusa também foram afetadas.