Desempenho digital a norte de Portugal cresce e relega Lisboa para segundo plano

8 mai 2017 18:40

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Deu cartas durante algum tempo, mas a capital não conseguiu “bater” os índices digitais registados mais a Norte, em que contam a facilidade de utilização dos sites e a disponibilização de serviços online por parte das autarquias.

A mais recente edição do Índice da Presença na Internet das Câmaras Municipais (Ipic2016), coloca a Câmara Municipal de Murça na primeira posição no ranking global, seguida das autarquias de Vila do Bispo e Bragança.

É desta forma que surgem primeiro municípios do norte e do Algarve, e só mais abaixo, pela primeira vez, da região de Lisboa, na quinta posição, através da Câmara Municipal da Lourinhã. Antes, a ocupar o quarto lugar da tabela surge a autarquia da Ribeira Grande, representando os Açores.

Completam o conjunto das dez primeiras classificadas no ranking global a Câmara Municipal de Manteigas, quinta classificada em ex aequo com a Lourinhã e a Câmara Municipal de Guimarães, Alenquer, Leiria e as Câmara Municipal de Alvaiázere e de Santo Tirso, respetivamente em sétimo, oitavo, nono e décimos lugares, estas duas últimas também em ex aequo.

A média da pontuação dos índices analisados (ipic) foi de 0,439, “o que continua a constituir um valor relativamente baixo face ao que seria desejável nesta altura”, referem os autores do estudo.

Para o cálculo do índice, são avaliados e classificados, por observação direta dos 308 websites camarários, 32 grupos de indicadores arrumados em quatro critérios: Conteúdos: tipo e atualização; Acessibilidade, navegabilidade e facilidade de utilização, Serviços online e Participação.

A contabilização realizada permitiu concluir que o número de câmaras que obteve pontuação superior à média subiu em relação a 2014, tendo havido concretamente 150 câmaras municipais - em 2014 foram 145 e em 2012 foram 154 - com pontuação superior à média.

“Os resultados globais continuam a revelar um progresso significativo do desempenho das Câmaras Municipais portuguesas em matéria de presença na Internet”, consideram os autores, salientando “que continua a haver um enorme caminho a percorrer, nomeadamente ao nível da qualidade das interações com os munícipes e dos serviços prestados pela via eletrónica”.

A atividade de observação que serve de base ao IPIC é desenvolvida no âmbito do Gávea – Laboratório de Estudos e Desenvolvimento da Sociedade da Informação da Universidade do Minho.