Além do Dia das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, que se assinala a 17 de maio, há mais uma data que comemora a importância da transformação digital trazida pela Internet. Hoje, 23 de agosto, assinala-se o Dia Mundial do Internauta, uma data que relembra o nacimento e celebra a World Wide Web, a criação de Tim Berners-Lee que veio abrir a porta a uma nova forma de aceder à informação com uma web de páginas.

À medida que a tecnologia evoluiu com o passar do tempo, a forma como navegamos na WWW mudou radicalmente e o número de pessoas com acesso à Internet aumentou consideravelmente. Em abril, dados da DataReportal mostravam que 4,72 mil milhões de pessoas em todo o mundo já usavam a Internet, correspondendo a cerca de 60% da população mundial. O número continua a crescer, com mais 332 milhões a ficarem online no último ano, o que equivale a cerca de 900 mil novos utilizadores por dia.

Olhando para o panorama em Portugal, dados da Statista revelam que o número atual de utilizadores está próximo dos 7,7 milhões, prevendo-se que, em 2025, se atinja os 7,95 milhões de utilizadores.

Apesar de todas as suas vantagens, utilização da Internet trouxe também riscos acrescidos. Para ajudar os internautas a manterem-se seguros enquanto navegam pelo mundo online, a Check Point Software partilha cinco recomendações fundamentais.

“Fazer da segurança uma prioridade quando navegamos na Internet é cada vez mais importante, especialmente agora que o número de ciberataques tem aumentado drástica e rapidamente”, alerta Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal.

“Agora a maior parte os utilizadores armazenam muita informação nos seus dispositivos, que facilmente podem ser corrompidos ao aceder a um website falso ou link fraudulento”, explica o responsável. Assim, “estar sensibilizado para estas práticas de cibersegurança e ter em mente as medidas preventivas básicas é uma das melhores formas que um internauta tem de se manter seguro”.

Clique nas imagens para saber como não cair nas “armadilhas” da Internet

  • Pense antes de clicar

Os ataques de phishing em que os criminosos se fazem passar por empresas conhecidas para tentar roubar os seus dados pessoais são cada vez mais comuns, especialmente agora que os dispositivos armazenam uma grande quantidade de informação do utilizador. É por este motivo que deve ter especial cuidado com os URLs que recebe em SMS ou emails, uma vez que podem ser fatores de perigo. Para evitar tornar-se uma vítima deve dirigir-se sempre ao website oficial do remetente em vez de clicar no link incluído na mensagem.

  • Utilize uma senha diferente para tudo

Pensar numa palavra-passe diferente para todas as plataformas que utilizamos pode parecer uma tarefa complicada. Porém, para os cibercriminosos, encontrar um internauta que use a mesma password em todas as suas contas é como se lhes saísse a sorte grande.

Assim que um atacante conseguir decifrar a combinação da plataforma de uma vítima, tentará aceder a todas as suas contas com a mesma chave. Por este motivo é essencial criar uma senha única para cada aplicação ou serviço de pelo menos oito caracteres que combine letras (tanto maiúsculas como minúsculas), números e símbolos.

  • Evite descarregar anexos de estranhos

Os especialistas explicam que um anexo de email de um remetente desconhecido pode ser um portal para todo o tipo de ataques cibernéticos capazes de infetar os dispositivos e roubar a informação e dados armazenados. Se o dispositivo for utilizado para teletrabalho ou estiver ligado a uma rede maior, poderá causar danos mais graves e mais extensos.

  • Nunca aceda a redes Wi-Fi públicas desprotegidas

Qualquer pessoa pode ligar-se a uma rede Wi-Fi pública desprotegida, e os cibercriminosos não são uma exceção à regra. Estando na mesma rede, os criminosos podem obter acesso a tudo o que está armazenado no seu dispositivo. Haverá sempre um risco ao ligar-se a uma rede Wi-Fi pública, por isso é melhor pensar duas vezes antes de o fazer.

  • Não navegue em websites não encriptados

É fundamental certificar-se de que o website a que está a aceder tem um certificado SSL. A tecnologia assegura que a ligação à Internet é encriptada, protegendo qualquer informação sensível enviada entre dois sistemas e impedindo que os cibercriminosos visualizem e modifiquem quaisquer dados a serem transferidos, incluindo dados que possam ser considerados pessoais. Para verificar que o website tem certificado SSL basta olhar para o início do URL, que deve mostrar um “s” após as letras http.