A Applied Materials, a BP America, a Intel, a Pitney Bowes e as lojas Wal-Mart uniram-se, através de um investimento conjunto, para o lançamento de uma base de dados computorizada onde são registadas as informações clínicas dos 2,5 milhões de trabalhadores das companhias, do seu agregado familiar e dos empregados já reformados.



A aplicação deverá entrar em funcionamento em 2007 e visa criar um padrão estável do sistema de saúde, reduzindo os custos elevados associados.



Os registos clínicos estarão sempre disponíveis, mesmo que os pacientes troquem de emprego, o que acaba por facilitar o trabalho dos médicos na análise à saúde dos doentes uma vez que têm acesso a um vasto leque de informações referentes ao historial do paciente e dos familiares do mesmo.



A base de dados poderá incluir resultados de exames antigos, avaliações médicas, prescrições passadas em hospitais, em consultas de especialidade e nas farmácias.



O Dossia é desenvolvido pelo Omnimedix Institute, uma associação sem fins lucrativos, que afirma existir grande desconfiança entre os norte-americanos no que diz respeito ao sistema de saúde em vigor no país.



J.D. Kleinke, CEO do instituto defende que a aplicação vai conquistar os pacientes porque é desenvolvido por uma organização sem fins lucrativos independente e não por empregados ou sistemas de gestão de saúde.



A Intel, uma das empresas envolvidas na iniciativa, gasta mais de 500 milhões de dólares por ano em serviços de saúde com os seus empregados. As estimativas da Mercer Consulting mostram que o Dossia, juntamente com a participação de todos os trabalhadores, poderá ajudar na redução dos custos das empresas em até 7,1 por cento.



Julie Gerberding, directora do U.S. Centers for Disease Control and Prevention afirma que esta redução provém da maior atenção com que os pacientes poderão monitorizar a sua saúde e partilhá-la com as equipas médicas.



A aplicação está a ser bem recebida por várias associações do sector norte-americano e poderá ficar disponível para outras empresas e instituições governamentais sensivelmente a meio do próximo ano.

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