Duas semanas depois de ter intimado estudantes do Ohio, a Associação da Indústria Discográfica norte-americana continua a enviar cartas de notificação a todos os alunos suspeitos de descarregar músicas ilegalmente a partir das redes informáticas universitárias.



Nesta fase estão acusados quatrocentos alunos de 21 universidades, entre as quais a da Califórnia, Santa Cruz e Columbia. A nota de intimação ameaça levar os estudantes a tribunal caso estes não liquidem a multa imposta pela associação que, em casos anteriores, atingiu os 3 mil dólares.



A ameaça já originou a reacção de 116 alunos que, de acordo com a Associated Press, já aceitaram pagar a coima exigida.



Neste processo não são apenas os jovens que vêem os seus nomes associados a este tipo de crime, cada vez mais comum na sociedade actual. As universidades acabam por ser expostas e envolvidas nos casos logo de início, ao serem as primeiras a serem notificadas para o fornecimento dos dados dos alunos suspeitos de pirataria.



Só no mês passado foram intimados mais de 18 mil internautas norte-americanos por infringirem os direitos de propriedade intelectual, dos quais, mil eram estudantes universitários.



Mesmo com o sucesso de serviços pagos como o iTunes, os downloads de músicas em serviços gratuitos continuam a ser os mais utilizados. Entre 2005 e 2006 a percentagem de utilização de plataformas peer-to-peer gratuitas aumentou 47 por cento, mostram os dados da NPD Group.



A RIAA afirma que os estudantes universitários perfazem um quarto do total de utilizadores de serviços de descargas não autorizadas, o que inverte uma tendência verificada até há uns anos atrás quando "os estudantes eram os melhores clientes" da indústria musical, disse Cary Sherman, presidente da associação.

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