A Organização das Nações Unidas apresentou no V Fórum "Reinventar o Governo", que se realizou na Cidade do México, um estudo onde se mostra que 91% dos governos recorrem já à Internet para disponibilizar os seus serviços aos cidadãos. Segundo o documento "UN World Public Sector Report 2003: E-Government at the Crossroads", entre estes apenas 15 permitem já a interactividade com os cidadãos dando-lhes espaço e ferramentas para comentar as acções políticas e públicas e fomentando o debate político.



José António Ocampo, secretário-geral adjunto do departamento Assuntos Económicos e Sociais da ONU explicou no evento que embora estejam a ser utilizados um número crescente de instrumentos para aumentar os níveis de informação online dos governos, esse esforço não se tem estendido à utilização de ferramentas que fomentem a discussão, refere um comunicado à imprensa.



No fórum que decorre até à próxima sexta-feira, contando com a participação de mais de dez países, foi ainda mencionada a taxa de insucesso dos projectos de eGov demasiado ambiciosos. O estudo avança com uma taxa de insucesso entre os 60 a 80 por cento.



A importância da sintonia de interesses entre cidadãos e governos é outro dos aspectos mencionados, considerando-se fundamental que os esforços de digitalização dos governos tentem ir de encontro às necessidades dos cidadãos.



O estudo da ONU destaca os países industrializados como mais avançados no processo de digitalização dos serviços. No top de e-readiness - que destaca a disponibilização de serviço online combinada com a infra-estrutura de telecomunicações e educação pública - estão os Estados Unidos, Suécia, Austrália, Dinamarca, Reino Unido, Canadá, Noruega, Suiça, Alemanha e Finlândia.



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