Ficou indignado com a história em que o Facebook manipulou a informação do news feed de quase 700 mil utilizadores? Então fique a saber que nos últimos anos a rede social de Mark Zuckerberg terá conduzido centenas de experiências com vários milhares de utilizadores e “com poucos limites”.



Quem o diz é o The Wall Street Journal que falou com alguns antigos membros do Data Science Lab, a divisão de investigação do Facebook. Composta por quase 50 profissionais, esta equipa tem acesso a uma das mais ricas fontes de dados do mundo, isto é, a base de utilizadores da plataforma social.



O jornal cita um caso que se passou em 2012: milhares de utilizadores receberam uma mensagem do Facebook a dizer que as suas contas seriam apagadas da rede social caso não provassem que eram robots ou perfis com nomes falsos; mas na realidade, o Facebook sabia a quem estava a mandar a mensagem – e que não eram robots - e apenas estava a testar uma nova ferramenta de deteção de fraude.



Explica o WSJ que se uma universidade quisesse fazer um estudo semelhante, teria que ter uma autorização dos utilizadores. Mas no caso do Facebook, a empresa está protegida pelos Termos de Utilização que todos os utilizadores aceitaram no momento de registo. No documento diz-se que os dados dos utilizadores podem ser usados para melhor o Facebook.



Nesta investigação em específico o Facebook nunca avisou os internautas afetados e nunca pediu nenhuma autorização especial.



Andrew Ledvina, que trabalhou no Data Science Lab durante um ano, admitiu que a equipa está sempre a tentar alterar o comportamento das pessoas e que qualquer pessoa na equipa pode iniciar novos testes.



O antigo elemento da divisão de investigação lembrou um episódio em que apenas ele e um gestor de produto da rede social sabiam de uma experiência que estava a ser feita.



Mas de acordo com a mesma reportagem, desde o início de 2014 que o Facebook tem-se preocupado mais com a privacidade dos utilizadores e tem agora um conselho de 50 elementos que faz uma revisão das investigações feitas.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico