No primeiro dia online, a versão estável do Firefox 4 conseguiu ultrapassar a quota de mercado do concorrente Internet Explorer 9, lançado uma semana antes, revelam os números do StatCounter apresentados hoje.

O impressionante ritmo de downloads do aguardado navegador da Mozilla - que pode ser acompanhado num site da Fundação criado para o efeito - valeu-lhe, em apenas um dia, uma quota de 1,95 por cento no mercado mundial de browsers, segundo o serviço de análise estatística. Hoje o valor já tinha subido para os 2,6%.

Lançado ontem, após nove meses de espera que fizeram muitos interrogar-se sobre se a Mozilla não estaria a arriscar perder tempo demais para a concorrência, o software consegue um acolhimento que leva os analistas constatar que foi capaz de "eclipsar o lançamento do Internet Explorer 9", a 14 de Março.

A falta de compatibilidade com o Windows XP é uma das características que terá prejudicado o novo Internet Explorer, avança o CEO do StatCounter, Aodhan Cullen.

Nove dias depois de ter ficado acessível, o browser da Microsoft, que só pode ser instalado em Windows 7 ou Vista, o Internet Explorer 9, apresentava uma quota de mercado de 0,87 por cento, segundo a mesma fonte.

Se olharmos para todas as versões em utilização de cada um dos browsers, é o Internet Explorer quem continua a liderar, com 45 por cento mercado mundial, num cenário em que o Firefox consegue 30 por cento e o Chrome 17 por cento.

Na Europa a situação é outra, com o Firefox a liderar o mercado desde Dezembro de 2010. A tendência volta, no entanto, a inverter-se quando falamos de Portugal, onde o Internet Explorer mantém o título de mais utilizado, com uma quota de 51,78 por cento, enquanto o software da Mozilla não vai além dos 25,32 por cento.

Uma análise comparativa mostra ainda que, no mercado global, a distância entre o IE e os concorrentes tem vindo a diminuir com o tempo. Se em Fevereiro de 2010, a sua "fatia" do mercado global era de 55 por cento, este ano situava-se nos 45 por cento - uma quebra de 10 pontos percentuais. Paralelamente, alternativas como a da Google (o Chrome) passaram de uma quota de 7 por cento o ano passado para os 17 por cento em 2011.

[caption]statcounter[/caption]

Nota de Redacção: Foi corrigido o valor atribuído à quota de mercado do Firefox 4 onde tinha havido uma infeliz troca de números. Adicionámos também a imagem do gráfico e dados de hoje.