(Atualizada) A Google já tinha avisado que não ia recuar na decisão de avançar com novas regras de privacidade para os seus serviços a 1 de março, apesar das críticas e mesmo depois das autoridades europeias terem enviado uma carta a Larry Page.

Um post no blog oficial da empresa volta a explicar as intenções da Google e o potencial de melhoria dos serviços que as alterações podem (alegadamente) trazer.

Assinado por Alma Whitten, diretora de privacidade, produto e engenharia da Google, o texto pretende também desconstruir alguns dos argumentos que têm sido lançados contra a iniciativa.

Recorde-se que, no início de fevereiro, a União Europeia avançou com um processo de avaliação para averiguar se as modificações em causa violavam as leis comunitárias e quais as suas implicações para os utilizadores europeus.

Mas a Google respondeu sempre de forma negativa, afirmando ainda ontem que nos últimos meses solicitou por várias vezes à CNIL a possibilidade de se reunirem para poderem esclarecer dúvidas.

Apesar da intenção firme de avançar com as novas políticas, à hora a que escrevemos o artigo (cerca das 11 horas da manhã) a Google ainda tinha no seu site o aviso como se hoje não fosse 1 de março, pelo que questionámos a empresa sobre qual a hora a que entra efetivamente em vigor para Portugal.

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Entretanto a Google já colocou online uma nova informação com a indicação da efetiva mudança de políticas.

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O TeK procurou também saber junto da Comissão Nacional de Protecção de Dados quais as implicações associadas a esta recusa da Google em rever as políticas de privacidade - que foram já claramente classificadas como violando os requisitos da Diretiva Europeia de Proteção de Dados -, mas até à hora de publicação da notícia não foi possível obter este comentário.

A meio do dia a comissária europeia Viviane Reding afirmou num comunicado que "é lamentável que o Google prossiga com a sua nova política antes de responder às preocupações da autoridade francesa de protecção de dados” e confirmou o apoio do executivo à petição feita pelo CNIL para que a Google adie a nova política até que se esclareçam as dúvidas.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com a informação de que nos sites da Google já é exibida a mudança efetiva das políticas de privacidade, como se pode ver na imagem e mais tarde com a reação da comissária europeia.