No início de janeiro a entidade que regula a proteção de dados em França aplicou a multa máxima prevista à Google por não ter sido transparente com os utilizadores franceses relativamente aos termos de utilização unificados. 150 mil euros foi o valor da multa aplicada, a mais alta de sempre por parte da CNIL.

Mas o tribunal também decidiu que a Google devia colocar na homepage do motor de busca uma mensagem onde transmitia o crime pelo qual tinha sido culpada, logo abaixo do botão de pesquisa e com um tamanho de letra 13. Devia ainda conter um link para a página da CNIL e ficar visível durante 48 horas.

A Google considera que a publicação da mensagem vai causar danos irreparáveis à imagem da empresa, ainda para mais tendo em conta que a decisão da justiça francesa está em fase de recurso. "A Google sempre manteve aquela página num estado virgem", declarou Patrice Spinosi, representante da tecnológica, ao The Wall Street Journal.

A gigante de Mountain View continua a dizer que nunca violou as leis europeias de dados, enquanto o CNIL considera que as leis francesas não foram respeitadas. E como a Google usa a sua página para promover serviços próprios, o regulador considera que o motor de busca é o melhor local para comunicar a punição.

São já muitas as "quezílias" que envolvem a Google e a Europa. Recentemente a empresa conseguiu um princípio de acordo com a UE por causa de uma investigação antitrust, mas ainda está à espera que países como a Itália e Reino Unido tenham sanções semelhantes à aplicada pelo CNIL.


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