O Google já deu uma resposta formal ao Governo americano e ao seu pedido para ter acesso a uma semana completa de resultados de pesquisas efectuadas através do seu motor de busca. A resposta ao pedido, feito no início de Janeiro, foi comunicada em tribunal através de uma carta com 25 páginas onde a empresa de Internet critica duramente o pedido de informação levado a cabo pelo Governo.



A empresa, que ainda recentemente aceitou as regras do Governo chinês para poder estar no país, considera que o pedido do Governo americano viola os direitos de privacidade dos seus utilizadores e obrigaria a revelar segredos comercias que a prejudicariam face à concorrência.



Recorde-se que o pedido feito ao Google com recurso ao departamento de justiça americano foi também dirigido aos principais concorrentes AOL, Microsoft e Yahoo. O objectivo era conhecer os termos pesquisados numa semana normal, informação que seria posteriormente usada para criar nova legislação contra a pedofilia e a pornografia online e provar que as actuais leis nesta matéria são pouco eficazes.



No documento que fez chegar a tribunal o Google defende-se e mostra-se incrédulo quanto ao facto dos termos pesquisados na Internet poderem ajudar a traçar o perfil dos utilizadores, até mesmo porque os termos pesquisados são diferentes de semana para semana, diz a empresa, citada pela imprensa internacional.



A recusa do Google surge poucas semanas depois de ser tornada pública a política da empresa, assim como de outras companhias americanas, no mercado chinês. Para poder oferecer os seus serviços de pesquisa na China o Google aceitou um conjunto de regras de censura impostas pelo Governo daquele país.



Nos Estados Unidos está marcada para o próximo dia 13 de Março uma audiência onde serão apreciadas as razões do Google para não atender ao pedido oficial de informação do Governo.



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