
O caso parecia estar enterrado, mas o The Wall Street Journal dá-lhe uma nova vida: de acordo com informações a que o jornal teve acesso, o regulador norte-americano para a área da concorrência terá encontrado provas suficientes para avançar com uma investigação anticoncorrencial sobre a Google. Ainda assim a tecnológica conseguiu sair quase ilesa do processo.
Em causa estão alegados roubos de informação de sites como o Yelp, TripAdvisor e Amazon que a Google usou para promover os seus próprios sites. Quando as empresas pediam para que o roubo de informação não voltasse a acontecer, a Google terá ameaçado com a remoção completa dos links destas empresas dos resultados do motor de busca.
O relato que agora vem a público revela ainda que a Google terá dito que usaria a sua posição dominante no mercado das pesquisas para extrair os "frutos" das inovações criadas por empresas rivais.
Estas empresas supostamente lesadas também não podiam virar a sua atenção para motores de busca rivais, como o Bing e o Yahoo, sob pena de serem prejudicados no Google.
E de acordo com o que a investigação apurou, a quota de mercado da Google nos EUA era afinal muito maior - chegou a rondar os 80% -, quando os dados oficiais da comScore apontavam para uma quota próxima aos 65%.
"A conduta da Google resultou - e vai resultar - em verdadeiros prejuízos para os consumidores e para a inovação nos mercados das pesquisas e dos anúncios online", escrevem os responsáveis da FCT no documento de análise ao caso, citado pelo WSJ.
De acordo com o líder da FTC no início de 2013, Jon Leibowitz, os remédios propostos pela Google eram aqueles que apresentavam as melhores garantias num curto espaço de tempo e por isso é que a investigação foi cancelada.
A reportagem do jornal norte-americano mostra sobretudo um clima de tensão entre diferentes partes, com a FTC a querer atacar a Google, mas outras entidades a pedirem a retirada da investigação.
Sem fazer qualquer tipo de associação, o jornal relembra no entanto que a Google foi a segunda empresa a doar mais dinheiro à campanha de apoio do atual presidente dos EUA, Barack Obama.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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