Desde há algum tempo que o governo australiano tem vindo a causar alguma polémica pela sua postura no que se refere à Internet. Com uma política crítica e castradora, uma das mais fortes do mundo ocidental, a Austrália prepara agora uma nova meta para 2008, publica a AFP.



O ministro das telecomunicações australiano, Stephen Conroy anunciou que será da obrigação de todos os ISPs a oferta de versões de Internet filtrada a todas as escolas e lares do país que o desejem. O responsável acredita que a estratégia será eficaz na luta contra a pornografia, violência e outros conteúdos "inapropriados" disponíveis online.



Stephen Conroy assegura ainda que a medida não colocará em causa a qualidade dos serviços prestados e que tudo será feito para que a velocidade de ligação não seja prejudicada.



Contudo, mesmo com o ministro a salientar que esta medida não é obrigatória e que quem quiser pode optar por ligações sem filtragem, a verdade é que a população australiana mantém-se renitente dado o elevado nível de censura existente no país. A maior preocupação dos cidadãos é se o conteúdo fornecido sem suposta filtragem será monitorizado pelo governo. Por parte dos ISPs, face o desconforto dos subscritores, a dúvida é: qual das versões terá maior saída, a filtrada ou a tradicional?



Confrontado com a apreensão dos eleitores, Stephen Conroy argumenta que o governo trabalhista "não se desculpa com aqueles que argumentam que qualquer regulação da Internet é semelhante a seguir os passos da China" e que "se as pessoas igualam a liberdade de expressão a ver pornografia infantil, então o governo estará em desacordo".



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