Por agora os cubanos podem continuar a navegar ilegalmente pela Internet através do serviço telefónico de baixo-custo da operadora estatal Etecsa.
O governo de Fidel Castro decidiu adiar por tempo indeterminado a entrada em vigor da nova lei que acabará por impedir o normal cidadão cubano de aceder à Web.



Segundo fonte governamental cubana, citada sob anonimato pela Reuters, existem opiniões divergentes acerca da medida. "Não foi uma decisão fácil de tomar e está a ser revista para estudar uma melhor forma de a implementar", indicou a fonte.



Há três semanas atrás, o governo cubano decretou um boicote à utilização não autorizada da Internet, ordenando à Etecsa que suspendesse o acesso sobre o normal serviço telefónico de baixo custo. Os cubanos tiveram conhecimento da decisão, anunciada como uma medida para "melhorar a protecção e segurança na Web" por uma circular que a E.net, o ISP da operadora telefónica estatal, enviou aos seus clientes.



O acesso à Internet em Cuba tem de ser autorizado pelo Governo, por isso a maior parte dos cubanos acaba por usar computadores e contas Internet que alugam ou adquirem no mercado negro.



Cuba terá mais do que 480 mil contas de correio electrónico e, considerando que o valor possa reflectir o mesmo número de utilizadores, apenas 98 mil são autorizados pelo Governo a aceder à Internet, de acordo com os dados oficiais.



A maioria das empresas e indivíduos estrangeiros em Cuba estão autorizados a usar a Internet, mas normalmente através de um serviço telefónico mais caro, cobrado em dólares americanos, e por isso fora das posses da maioria dos cidadãos.



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