
O Partido Comunista Português questionou o Governo sobre a demora na aprovação em Conselho de Ministros do Regulamento que balizará a adoção de normas abertas na informação digital que circula na Administração Pública. O partido quis também saber se o Governo tem sido alvo de pressões de grupos económicos, que durante a discussão da Lei demonstraram discordância relativamente ao diploma.
Em resposta, o Governo assegura que não tem sido alvo de pressões do mercado sobre o tema, sublinhando que isso mesmo demonstra a inclusão da medida no Plano de Racionalização das TIC, já aprovado em Conselho de Ministros, e as medidas entretanto aprovadas no que se refere ao licenciamento de software nos ministérios da Saúde e da Administração Interna.
No mesmo documento, o Governo informa que já foi "apresentado aos representantes ministeriais do Grupo de Projeto para as Tecnologias da Informação e Comunicação um projeto de regulamento que se encontra em fase de análise, atendendo nomeadamente à recente aprovação de legislação comunitária sobre a matéria". Não é percetível pela resposta se o processo de aprovação do regulamento se arrastará por muito mais tempo.
O PCP é o autor da proposta aprovada no Parlamento em meados do ano passado com votos favoráveis de todos os partidos (exceção para o PSD que se absteve). A Lei n.º 36/2011, de 21 de Junho estabelece a adoção de normas abertas para a informação em suporte digital na Administração Pública e está em vigor desde setembro de 2011, mas para ser efectiva depende da aprovação do Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital, onde serão definidas as normas e formatos digitais a adotar. O regulamento esteve em consulta pública e deveria entretanto já ter sido aprovado em Conselho de Ministros.
A medida prevê a adoção de normas abertas nos formatos utilizados pela Administração Pública, uma medida que pretende garantir a interoperabilidade entre formas e sistemas e reduzir os riscos de dependência de fornecedores de software e tecnologia proprietária.
"Esta é uma matéria de importância crucial para o presente e o futuro dos sistemas tecnológicos do Estado português e para a própria soberania e segurança da informação em suporte digital", defende o PCP. Ao não fazer aprovar o regulamento em Conselho de Ministros, o Governo está a "impedir a aplicação da Lei", defende o partido.
O Governo garante para já que o regulamento integra "uma das linhas de orientação estratégica da política definida pelo Governo para as TIC", alinhada no Plano de Racionalização.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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