A Microsoft anunciou hoje a assinatura de um acordo de cooperação com o governo português para a área da cibersegurança. "O protocolo agora assinado visa desenvolver atividades específicas para entidades do governo e da administração pública, com base na partilha de informação, formação técnica e inclusão em fóruns internacionais de discussão", explica uma nota de imprensa.



A mesma fonte detalha que o acordo também prevê a ligação direta do futuro Centro Nacional de Cibersegurança, ao centro da Microsoft para a luta contra o cibercrime (Digital Crimes Unit - DCU), uma estrutura dedicada à monitorização e combate às ameaças de segurança, que já teve um papel ativo no desmantelamento em esquemas de fraude ou pornografia online em mais do que uma ocasião.



Além da ligação ao centro internacional da Microsoft, o acordo prevê a criação de polos de partilha de informação entre entidades públicas, privadas e as universidades, com o objetivo de fomentar as boas práticas.



Hoje a Microsoft também divulgou os dados da última edição do seu Microsoft Security Intelligence, um relatório semestral sobre ameaças de segurança que reúne dados de mais de 100 países.



Portugal volta a surgir acima da médias mundial no que se refere ao número de computadores comprometidos por mil dispositivos (8,9). Entre as ameaças mais relevantes no país, o relatório indica o malware relacionado com roubos de palavras-passe, que em Portugal tem uma incidência superior à média mundial. Acontece o mesmo com os cavalos de troia, downloaders, backdoors e exploits, revela o documento.



No entanto, os dados apurados pela Microsoft também permitem perceber que o número de computadores infetados no país desceu de forma significativa desde 2008, altura em que foi lançado o Serviço de Resposta a Incidentes de Segurança Informática (CERT.PT).

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico




Cristina A. Ferreira