A chamada Economia Digital ainda não tem o impacto que poderá vir a ter na economia do país, "mas há muita oportunidade de negócio", defende Carlos Oliveira, secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, revelando que o Governo está a avaliar a criação de um cluster para o setor.

O responsável político explicou que a estrutura está a ser discutida com várias associações e entidades, nomeadamente com a ACEPI, que representa em Portugal o setor do comércio eletrónico e da publicidade interativa, no sentido de oferecer condições, nomeadamente do ponto de vista regulamentar, para que haja um desenvolvimento mais acelerado da Economia Digital no país.

Admitindo que cabe ao Estado assumir o "papel de entidade que facilita o contexto e baixa barreiras para que estes negócios se possam desenvolver", Carlos Oliveira referiu, durante a sessão de abertura da Portugal Internet Week´11, esta manhã, que o Governo está empenhado em discutir a criação de um polo de competitividade para a Economia Digital, "porque achamos que é absolutamente estruturante para o país e para as empresas, acima de tudo numa perspetiva de internacionalização".

A opinião é partilhada por Alexandre Nilo Fonseca, que considera que o cluster serviria para dotar as empresas de "ferramentas" que lhes permitam ampliar a dimensão do seu mercado. "A Internet é um canal extraordinário para a internacionalização. A oportunidade para as empresas é imensa, considerando que os internautas de todo o mundo são hoje potenciais clientes dos seus negócios".

O presidente da ACEPI encara com expectativa a criação da plataforma e diz que a associação está preparada para ser "parceira" do Estado neste desígnio. "Estamos disponíveis para ajudar o país naquilo que for necessário em matéria de Economia Digital: temos os recursos, temos o know how, temos a representatividade com os nossos associados para ajudar Portugal a sair deste momento difícil".

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