O Governo tem planos para expandir as Lojas do Cidadão a zonas do país com menor densidade de habitantes. Estará mesmo a preparar o lançamento de seis novas lojas, e um reforço na aposta de soluções móveis, referiu ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão em entrevista à Lusa.

Para além das lojas físicas, o Governo está a trabalhar naquilo que será uma espécie de Loja do Cidadão virtual, apresentando uma interface entre os utentes, os cidadãos, empresas e o Estado. Este inclui “uma única porta virtual e isto implica robustecer o portal do cidadão que já existe, torná-lo uma coisa mais forte”, salienta.

A ministra acredita que a iniciativa terá consequências positivas ao nível dos tempos de demora para situações de pré-agendamentos e na uniformização das soluções. No entanto, reconhece que o projeto é bastante ambicioso, implicando um investimento e uma nova lógica de trabalho em rede.

A estratégia do Governo poderá estar em linha com a nova realidade imposta pela pandemia da COVID-19, de expandir mais serviços para o campo digital. Durante o isolamento, e de forma a atenuar o contacto entre funcionários e cidadãos nos estabelecimentos de serviços públicos, o Governo adotou algumas medidas de caráter extraordinário. Os serviços de atendimento a pessoas e empresas, incluindo consulares fora do território nacional, foram reforçados através da via digital. A renovação online do Cartão de Cidadão também foi uma das medidas introduzidas, utilizando uma mensagem no telemóvel.

Ainda durante a situação de isolamento, qualquer atendimento com fim informativo era prestado apenas online ou via telefónica. Apesar do reforço online, outros serviços que fossem não informativos apenas seriam feitos com agendamento prévio. Estavam previstos para situações que não podiam ser realizados online ou por telefone, assim como casos urgentes determinados pelo governo.