O site do Parlamento esteve ontem sob fogo do LulzSec Portugal, a alegada "delegação" em território nacional do grupo internacional de hacktivistas que saltou para a ribalta com os ataques à PSN Network. Por cá, os alvos têm sido outros, com as instituições públicas cada vez mais na mira do grupo, que agora está a apelar a outros hackers para que se lhes juntem numa ação conjunta de ataques e divulgação de dados. A operação tem arranque marcado para amanhã, 1 de dezembro.

O LulzSec Portugal afirma que vai juntar-se a outro grupo inspirado em movimentos internacionais, o Anonymous Portugal, para começar aquilo a que chamam "operação #AntiSecPT", e convida os hackers autodidatas e anónimos espalhados pelo país a participarem na ação, assinando em nome do movimento #AntiSecPT.

O novo movimento publicou um manifesto online em que se afirma independente e propõe uma "desobediência civil online", por meio de ataques DDOS (ataques de negação de serviço, em que um site é alvo de um nível tão elevado de acessos simultâneos que deixa de conseguir dar-lhes resposta), defacements (alterações a sites) e leaks (divulgação de informações confidenciais), que "exponham online a corrupção".

O apelo é veiculado sob a forma de um vídeo, a que o TeK teve acesso, e que reproduzimos abaixo.

Já durante a manhã de hoje, o LulzSec fazia novas publicações, em jeito de provocação, no seu perfil no Twitter: "Policia Judiciária, como foi a visita à PT? Conseguiram algo contra nós? heheh."

A mensagem estará relacionada com os últimos ataques do grupo, que estão a ser investigados pela polícia. Depois das investidas contra os sites da Finanças e PSP, foi a vez do Parlamento ser vítima de ataques, ao final do dia de ontem.

O LulzSec reclama o sucesso do ataque no seu microblog e a imprensa reporta que o site terá estado inacessível durante "algumas horas", mas voltou a estar disponível por volta das 23h, embora com interrupções.

Nota da Redação:Foi corrigida uma gralha na sigla PSN Network.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico