O grupo em questão é conhecido pelo nome APT31 e acredita-se que esteja ligado ao Ministério da Segurança do Estado da China. Ao que tudo indica, a campanha de ciberespionagem terá afetado uma extensa lista de alvos: de funcionários da Casa Branca e senadores norte-americanos a membros do Parlamento britânico.

Nesta lista incluem-se ainda funcionários de governos um pouco por todo o mundo, que terão feito críticas ao governo chinês, assim como dissidentes políticos, jornalistas, investigadores e empresas de segurança, avança a Reuters.

Em comunicado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) indica que sete indivíduos de origem chinesa foram acusados de envolvimento nas atividades realizadas pelo grupo de hackers.

Já do outro lado do Atlântico, o governo britânico acusou hackers com ligações a Pequim de serem os responsáveis por um ciberataque que comprometeu o sistema informático da Comissão Eleitoral do país.

Hackers tiveram acesso ao sistema informático da Comissão Eleitoral do Reino Unido por mais de um ano
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“Posso confirmar hoje que atores com ligações ao Estado chinês foram responsáveis por duas ciber-campanhas maliciosas que tiveram como alvo as nossas instituições democráticas e membros do Parlamento”, afirmou o vice-primeiro-ministro Oliver Dowden, avança a BBC

Recorde-se que em agosto de 2023, a Comissão Eleitoral do Reino Unido anunciou ter sido vítima de um ciberataque de "atores hostis" que tiveram acesso ao seu sistema informático durante mais de um ano.

Segundo a entidade que supervisiona as eleições do país, o ciberataque foi identificado em outubro de 2022, após a deteção de atividade suspeita nos seus sistemas. Mais tarde, tornou-se claro que os cibercriminosos tinham acedido aos sistemas pela primeira vez em agosto de 2021.

Em resposta, a embaixada chinesa em Londres defendeu que as acusações são "completamente fabricadas e calúnias maliciosas". "Opomo-nos fortemente a estas acusações", indica um porta-voz da embaixada, acrescentando que "a China não encoraja, apoia ou tolera ciberataques".

Na mesma mensagem, a embaixada defende ainda que é contra a politização de assuntos de segurança cibernética e contra a "difamação infundada de outros países sem quaisquer provas factuais".