A Motion Picture Association of America (MPAA), associação que integra os principais estúdios norte-americanos de cinema, mudou novamente de estratégia na luta contra a pirataria e está agora a investir legalmente contra os responsáveis pelas redes mais populares de partilha ilegal de filmes e programas de televisão - onde se contam a BitTorrent e a eDonkey -, no lugar dos seus utilizadores.



Esta nova campanha legal deixará de estar restrita à fronteira dos Estados Unidos, abrangendo nomeadamente países da Europa. Numa conferência de imprensa, John Malcolm, director da divisão de anti-pirataria da MPAA adiantou que durante esta semana foram movidos processos civis e penais contra mais de 100 servidores em todo o mundo, incluindo no Reino Unido, França, Finlândia e Países Baixos.



Nos Estados Unidos a maioria das acções está a ser movida através dos tribunais civis, onde a MPAA espera conseguir a suspensão dos servidores utilizados pelas plataformas por permitirem a violação dos direitos de autor, indica a associação num comunicado onde refere igualmente que as autoridades judiciais francesas, finlandesas e holandesas já adoptaram medidas para cooperar com a MPAA na sua luta contra a pirataria.



A popularidade da BitTorrent e da eDonkey, duas das principais visadas nesta nova fase da campanha da MPAA, aumentou recentemente, já que ambas permitem aos utilizadores o download de ficheiros de grande dimensão, o que significa que disponibilizam filmes, jogos de computador e aplicações de software por inteiro.



A eDonkey ultrapassou recentemente a Kazaa como a rede P2P mais popular em termos de número de utilizadores, enquanto a BitTorrent é considerada há muito a maior rede no que diz respeito à quantidade de dados transferidos através da Web.



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