A situação foi denunciada em 2009 e fez notícia. A Ars Technica revelava na altura, com base na análise de vários casos, que mesmo depois de apagadas as fotografias alguma vez colocadas no Facebook continuavam acessíveis. Para lhes ter acesso basta saber o endereço direto para a imagem.



Quase três anos depois o site volta ao tema para concluir que o problema persiste. As mesmas fotos que em 2009 já deveriam ter deixado de estar no serviço porque já tinham sido apagadas, ainda hoje continuam disponíveis.



O assunto voltou a ser colocado à rede social, que soma hoje mais de 800 milhões de subscritores em todo o mundo, que assume o problema. O Facebook justifica a situação com o facto das imagens antigas estarem armazenadas num servidor com um sistema antigo que funciona mal.



Como já tinha feito em 2009, a empresa garantiu que está a trabalhar na resolução do problema e que conta implementar um novo sistema capaz de assumir a ordem e eliminar de facto todas as fotos apagadas pelo utilizador num prazo máximo de 45 dias, após a receção do pedido.



"Este é um processo que está quase terminado. De qualquer forma, apenas uma pequena percentagem de fotos continuam alojadas no velho sistema à espera de serem migradas", um processo que no entanto ainda pode tardar mais algum tempo. Entre um a dois meses, de acordo com as previsões do Facebook.



O tema do direito ao esquecimento - o direito que os utilizadores de serviços online têm de ver garantido o desaparecimento de informação sua publicada online - tem estado na ordem do dia.



Na revisão à legislação europeia para a proteção de dados, em marcha na União Europeia, o direito ao esquecimento é um dos temas visados. A nova proposta legislativa da Comissão Europeia nesta área prevê mesmo a penalização das empresas que falhem nesta obrigação de retirar completamente da Internet dados apagados pelo utilizador, com multas até 2% do volume de negócios.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico