A Federação Internacional da
Indústria Fonográfica
(IFPI) em conjunto com a Associação Norte-americana da Indústria Discográfica (RIAA) lançou ontem um novo sistema de identificação para facilitar a distribuição electrónica de música através da Internet, com vista a recompensar os músicos e compositores.

Designado Global
Release Identifier
(GRid), este sistema assemelha-se ao código de barras Universal Product Code (UPC) que se encontra em todos os CDs e cassetes comercializadas nas lojas. O mecanismo permite registar cada vez que uma companhia discográfica, um comerciante online ou distribuidor vende uma faixa sob a forma de um stream ou download através da Web.
Contudo, em comparação com o UPC, o GRid foi concebido para possuir uma muito maior capacidade de números.

O GRid possibilita assim a distribuição legitima e eficiente de música online, numa altura em que a indústria do sector afirma estar a registar
perdas de vendas devido ao ambiente económico global e ao crescimento da pirataria de música através da Internet. Este sistema identifica singles,
faixas de álbuns, grupos de faixas e lançamentos multimédia que são disponibilizados electronicamente. O IFPI e a RIAA têm vindo a desenvolver esta tecnologia nos últimos dois anos.

Os revendedores que pretendam participar na iniciativa, terão que pagar uma taxa anual de 150 libras (227,30 euros), tendo o direito de emitir uma etiqueta de identificação a 30 milhões de músicas comercializadas online. Cada faixa será distribuída com um número-série individual. Tal como um código de barras, será reportado para as sociedades de defesa dos direitos de autor e agências de
recolha de royalties de forma a que os artistas possam ser compensados pelas vendas.

Esta iniciativa é voluntária e não se destina a monitorizar as faixas que
aparecem nas redes de partilha de ficheiros, uma das maiores fontes de
pirataria de música.

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