O Instagram renovou os termos de utilização e privacidade do serviço e as alterações estão a gerar bastante polémica. Todos os direitos de autor de conteúdos publicados por um utilizador, sejam fotografias ou textos, ficam na posse do Instagram de forma vitalícia e podem ser usados para fins comerciais sem necessidade de autorização dos criadores originais.
A aplicação de edição e partilha de fotografias que agora faz parte do Facebook - depois de a empresa de Mark Zuckerberg ter desembolsado cerca de 700 milhões de dólares - está a ser criticada sobretudo pela possibilidade que existe em utilizar fotografias de adolescentes para efeitos comerciais.
A idade mínima "recomendada" para utilizar a aplicação é de 13 anos, mas todos os utilizadores a partir desta idade vão ter um contrato vitalício assinado com o Instagram. Em termos comparativos e como destaca o CNet, com a nova política o Instagram torna-se na maior agência de fotografias a nível mundial.
Um advogado da Electronic Frontier Foundation considera que vai ser muito complicado para os utilizadores concordarem com as alterações anunciadas, ao saberem que as suas fotografias vão ser usadas para gerar dinheiro ao qual não vão ter direito, nem parcialmente.
Esta é a primeira grande alteração à política de utilização e privacidade do Instagram desde a compra do Facebook, e que deverá ser implementada a 16 de janeiro. O serviço tem mais de 100 milhões de utilizadores registados, número que mostra o potencial em termos de capitalização que as novas alterações podem trazer para a empresa de Mark Zuckeberg.
A única forma de rejeitar as alterações anunciadas é não utilizar o serviço ou apagar a conta de utilizador até 16 de janeiro. Todas as fotografias que sejam carregadas depois dessa data ficam a pertencer ao Instagram e nem mesmo a eliminação da conta retira os direitos de autor à aplicação.
Até à data só uma empresa já tentou uma política de utilização de serviço semelhante: foi a Yahoo! e em poucos dias recuou na decisão devido ao enorme coro de protestos que se geraram contra a empresa. Serviços como o Flickr, Google+ e Picasa têm políticas de uso e privacidade menos agressivas e só podem usar as fotos publicadas em ações de operação ou promoção do próprio serviço.
Nota de redação: foram feitas alterações no terceiro e último parágrafo do texto
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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