Há cada vez mais internautas a afirmar que não se importariam de pagar por conteúdos online, subscrevendo sites de notícias, por exemplo, ou pagando pelo envio de postais electrónicos, o que sugere uma mudança de atitude face à ideia de que tudo deveria ser gratuito na Internet, de acordo com um novo estudo da Online Publishers Association (OPA), divulgado pelo New York Times.



As empresas que beneficiam da venda online dos seus produtos ou serviços ainda constituem um grupo reduzido, salienta a OPA, já que as receitas da maioria continuam a depender da publicidade.



Relativo ao mercado norte-americano, o novo estudo da OPA indica que os consumidores gastaram mais de 675 milhões de dólares (682,6 milhões de euros) em bens e serviços digitais em 2001, quase duplicando o montante dispendido no ano anterior. Durante o primeiro trimestre de 2002, 12,4 milhões de norte-americanos pagaram por algum tipo de conteúdo online, comparativamente aos sete milhões que o fizeram em período homólogo do ano passado. O estudo não inclui quantias dispendidas em sites de pornografia.



De acordo com a OPA, grande parte do montante foi gasto em sites de notícias relacionadas com o meio empresarial e financeiro, que em 2001 registaram receitas de 214,3 milhões de dólares (216,6 milhões de euros) da venda de conteúdos, maioritariamente através de subscrições mensais ou anuais. A OPA assinala ainda que as receitas também têm crescido significativamente em sites de desporto, de postais electrónicos e de promoção de encontros.



De um total de 1.700 sites que cobram pelos seus conteúdos, os 100 com maior receita registam 97 por cento do montante total gerado e os 50 primeiros, 85 por cento. O estudo da OPA indica que os cinco sites que geraram maior receita de conteúdos durante 2001 e no primeiro trimestre de 2002 foram o da Real, do Wall Street Journal, da Match, da Yahoo! e o ConsumerReports.



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