
Um estudo divulgado hoje revela que no final de 2008, 99 por cento das crianças entre os 10 e os 15 anos tinham contacto com a Internet. No escalão etário inferior, entre os 8 e os 10 anos, o estudo conclui que 96 por cento dos alunos usam a tecnologia. Entre os adolescentes (13 a 17 anos) a taxa de utilização apurada é de 100 por cento.
Os autores do estudo, realizado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, justificam os valores com a "apetência deste segmento da população relativamente à utilização deste serviço, como também pelas acções recentemente empreendidas pelo governo português em matéria de acessibilidade à internet de escolas e alunos". Incluem neste leque o Plano Tecnológico da Educação e os programas e-Escola e e-Escolinha.
"O resultado maior a ter em conta […] é o acesso muito alargado das crianças portuguesas à internet, independentemente das características socioeconómicas das respectivas famílias", dizem os autores do trabalho acessível online.
Nesta ponderação da utilização da Internet em função da escolaridade dos pais e da sua categoria sócio-profissional não se revelam diferenças significativas, sempre com taxas de utilização da tecnologia acima dos 90 por cento. Em termos geográficos também há poucas assimetrias a registar.
A maior faz-se sentir no interior norte do país, onde estão concentradas quase todas as crianças não utilizadoras de Internet, identificadas pelo inquérito que serviu de base ao estudo e que inquiriu 3.000 jovens com idades entre os 8 e os 17 anos, nas respectivas escolas. Nesta região 93,5 por cento das crianças afirmavam ter contacto com a Internet e essa foi a taxa mais baixa apurada para todo o país.
O documento revela mais diferenças ao nível da experiência de utilização da Internet. A maior parte dos inquiridos, 34,6 por cento, garante que acede à Internet há mais de cinco anos, respostas predominantemente dadas por alunos mais velhos e também mais frequentes em alunos de grandes centros. O estudo também encontra diferenças entre a utilização da Internet nas escolas públicas e privadas, com vantagem para estas últimas.
No que se refere à posse de computador em casa o estudo também mostra que 90 por cento dos jovens dispõe desse tipo de equipamentos. Uma parte significativa garante aliás ter mais do que um PC em casa.
No universo analisado é entre os jovens com idades compreendidas entre os 8 e os 10 anos que a posse de computador em casa se revela mais baixa, para 87,6 por cento dos inquiridos.
Em termos globais, setenta e nove por cento das crianças assegura ter acesso à Internet a partir de casa, uma taxa que os autores do estudo sublinham ser superior à média do país e que justificam com dados de outros estudos, que normalmente atribuem às famílias com crianças em idade escolar a maior propensão para este tipo de investimento, até porque são as mais visadas por programas de apoio.
A combinação de computador em casa e acesso à Internet é mais comum nas famílias de categorias socioeconómicas mais elevadas. Nas famílias mais pobres é mais comum a existência de PC em casa, sem net.
O estudo Crianças e Internet: Usos e Representações, a Família e a Escola foi executado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e
financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
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