
O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu na televisão que "um jovem de quinze anos não poderá mais comprar uma faca na Internet" e acrescentou que a França proibirá as redes sociais para menores de 15 anos se, dentro de "alguns meses", isso não for feito a nível europeu.
O primeiro-ministro, François Bayrou, ao mesmo tempo e noutro canal de televisão, segundo a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), prometeu proibir "imediatamente" a venda de todas as facas a menores, anunciando também que será feita uma verificação da idade de quem recebe as encomendas feitas online.
As medidas anunciadas pelo governo francês surgem após a morte de uma vigilante esfaqueada por um aluno de 14 anos durante uma revista de mochilas em frente a uma escola no nordeste da França.
Em março, a França tinha imposto controlos aleatórios de mochilas nas escolas, depois uma briga que resultou na morte de um adolescente de 17 anos em frente a uma escola secundária perto de Paris.
Entre 26 de março e 23 de maio, 6.000 controlos em França resultaram na apreensão de 186 facas e 587 conselhos disciplinares foram realizados no total por posse de facas, de acordo com o Ministério da Educação Nacional.
Os representantes dos pais dos alunos e dos professores, por seu lado, exigiram uma melhor supervisão e lamentaram mais uma vez a falta de enfermeiros e médicos escolares.
Na Inglaterra e no País de Gales, os atos de delinquência envolvendo o uso de armas brancas têm aumentado constantemente desde 2011, de acordo com o governo britânico, que precisa que este tipo de atos aumentaram mais de 40% nos últimos 15 anos.
Dez adolescentes morreram em ataques com facas no ano passado em Londres, segundo a polícia, e 18 em 2023, reporta ainda a agência espanhola de notícias, a Efe.
Recorde-se que o governo britânico quer impor medidas mais “apertadas” para limitar o tempo que as crianças podem passar nas redes sociais. As propostas incluem um limite de duas horas diárias e um “recolher obrigatório” a partir das 22h00.
Rachel de Souza, comissária britânica para a Infância, apelou ao governo para que tome medidas mais rígidas. “A tecnologia está a evoluir a um ritmo sem precedentes e esta geração de crianças nunca conheceu um mundo sem Internet, por isso, temos de ser muito mais ousados na forma como respondemos aos desafios que enfrentam”, realça.
A comissária afirma que “se as empresas não conseguem garantir espaços online seguros para os mais novos, então, não deveriam sequer permitir a sua presença”. “Não se pode esperar que sejam as crianças a policiar o mundo online sozinhas”, defende.
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