Os Jogos Olímpicos de França continuam a ser um sucesso e preparam-se para ser a edição mais visionada de sempre. Além dos canais tradicionais, também os serviços de streaming estão a apostar na transmissão, como é o caso do Max, que dispõe quase uma dezena de acessos em simultâneo para o que está a acontecer nos vários locais das provas em Paris.

A Internet Society quis aproveitar o mediatismo dos Jogos Olímpicos para apresentar alguns números da evolução desta competição ao longo dos anos em relação à internet. “Os Jogos Olímpicos e a Internet são ambos unificadores globais. Estes juntam as pessoas ao longo dos países e continentes, fazendo com que o nosso mundo seja um pouco menor”, afirma a Internet Society na introdução de uma infografia da evolução. E acrescenta que a forma como interagimos com os JO mudou desde que a internet se tornou disponível de forma abrangente.

Veja na infografia a evolução da internet ao longo dos Jogos Olímpicos: 

Olhando para os Jogos de Atenas em 2004, há 20 anos, as competições estavam disponíveis a uma pequena audiência online. Neste período, apenas 14% da população mundial estava conectada à internet. Em comparação, em 2022, nos JO de Inverno de Pequim, 67% da população tinha acesso à internet, tornando-se a edição com mais interação digital. Estima-se que as fontes oficiais dos Jogos Olímpicos tenham gerado cerca de 3,2 mil milhões de interações nas redes sociais.

E a internet não mudou apenas a forma como se assiste as olimpíadas, mas como as pessoas as consomem. Já não é preciso ir a correr para casa para assistir no televisor, qualquer equipamento que carregamos no bolso pode ser usado para ver onde desejamos. A Internet Society diz que tudo isto é possível graças à resiliência da internet, composta por milhares de redes independentes que se ligam entre si para formar a rede global.

Ainda assim, a Internet Society quis mostrar o outro lado do espelho, aqueles que não conseguem, aos dias de hoje, ter acesso à internet ou os que têm com acesso precário. “Infelizmente isso ainda é uma realidade para quase um terço da população mundial”. E para quem considera que as dificuldades apenas se encontram nos meios rurais e densidades populacionais mais baixas, é dado o exemplo de como em Nova Iorque, uma das cidades mais famosas e populosas do mundo, tem cerca de 1,5 milhões de pessoas que não têm acesso a uma internet estável nas suas casas.

Na infografia partilhada, é possível ver a evolução da internet ao longo das edições dos Jogos Olímpicos. Começa nos anos 1970 quando Vint Cerf e Bob Kahn escreveram o protocolo TCP/IP entre os JO de Munique em 1972 e os de Montreal em 1976.

Mas a história que colocou as competições olímpicas e a internet de mãos dadas começou cem 1990 quando apenas 0,5% da população mundial estava online, quando Tim Berners-Lee inventou a World Wide Web e em 1991 foi criado o primeiro website, antes dos Jogos em Barcelona em 1992.

Em 1996, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, foi considerada a primeira edição a ter um website oficial, criado em 1995, onde eram vendidos bilhetes para todo o mundo e partilhadas fotografias. Já havia 77 milhões de pessoas conectadas. Em 2004, nos JO de Atenas, foi transmitido pela primeira vez os eventos desportivos. Os marcos continuam até à edição anterior dos JO de inverno em Pequim em 2022.