Quando era miúdo colecionava calendários e berlindes. Depois foram os minerais, por causa da geologia. Ao lado o irmão ia colecionando selos. Não é portanto de estranhar o porquê de Jorge Oliveira estar envolvido no desenvolvimento de uma plataforma para colecionadores: o Kollectbox.



O diretor executivo da startup não tem problemas em admitir que o objetivo da equipa é ser o Fancy.com – uma plataforma de comércio eletrónico – dos colecionadores. Um local onde os internautas podem não só expor as suas coleções, como também adquirir ou trocar novos itens.



Mas tudo a seu tempo e de forma bem planeada: por exemplo, no conceito original a rede social de colecionadores estava a ser desenvolvida em formato de aplicação móvel, mas virou-se entretanto para uma aplicação Web. Isto porque a equipa foi conversando com colecionadores e percebeu as suas verdadeiras necessidades.



“Os colecionadores queixam-se do eBay”, exemplificou Jorge Oliveira em conversa com o TeK.



Para já a plataforma só permite criar coleções de notas, selos e moedas, isto porque “são áreas diferentes e são suficientemente grandes para ter mercado”, explicou o porta-voz.



E ser um mercado é o objetivo que os empreendedores da Kollectbox estão a perseguir atualmente. Além de estarem numa fase de recrutamento de colecionadores, estão também à procura de vendedores. E a qualidade deste primeiro grupo de utilizadores pode ter um peso muito importante no desempenho da plataforma online. Na questão das coleções a segurança é “um aspeto fundamental”, como revelou o CEO da startup – basta pensar na existência de objetos falsos. E para assegurar a dita qualidade são precisas as pessoas certas.



Por isso é que a startup tem batido a muitas portas e quer continuar a apostar na divulgação através da participação sistemática em feiras especializadas.

Não menos relevante é a segmentação de categorias. Existem planos para que no futuro a rede social venha a ter mais categorias de coleções – como bandas-desenhadas, relógios, minerais e medalhas -, mas aos utilizadores deve aparecer sobretudo os itens que dizem respeito aos seus interesses pessoais.



Numa fase posterior, quando o projeto já estiver bem lançado, então aí os desafios serão também maiores: ter coleções raras e de grande valor. A Kollectbox quer inclusive investir em alguns catálogos de empresas do ramo para que as pessoas possam criar de forma simples e rápida os seus catálogos de coleções e ficarem a saber quanto é que valem.



A startup que está integrada numa aceleradora da Corunha, a Zarpamos, está a ultimar os detalhes finais para que a Kollectbox fique disponível em beta pública, após um período experimental onde só por convite era possível o registo.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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