
O Chiado foi a zona escolhida para abrir o espaço que em Portugal foi pioneiro num conceito que durante vários anos permitiu a quem não tinha computador ou acesso à Internet em casa, ligar-se à grande rede a partir de um espaço público.
A banda larga estava longe de ser uma commodity na altura mas os preços a pagar para navegar através dos novos modems de 28,8 Kbps disponíveis não deixavam dúvidas em relação à inovação do serviço. Por cada hora de navegação eram cobrados 600$, o correspondente a 3€.
O sistema operativo usado nos computadores do Cyber.bica era o Windows 95, que tinha acabo de ser lançado, e o navegador que “abria as portas da Internet” era o Netscape, que por essa altera dominava o mercado, mas que entretanto desapareceu.
Além dos cinco computadores disponíveis para acesso à Internet, o espaço tinha mais duas máquinas onde era possível ter acesso a demonstrações de realidade virtual e novas tecnologias. Também acolheu iniciativas inovadoras para a altura, como campeonatos de jogos online, tertúlias transmitidas em direto, ou concertos transmitidos em streaming, com bandas como os GNR ou os Xutos e Pontapés.
O Cyber.bica foi lançado por Paula Amador, Hugo de Melo e Gomes, Bruno Mendes e António João Carvalho. Funcionou até 2005 e fechou portas quando o conceito deixou de fazer sentido. No espaço que o cibercafé ocupou durante uma década está hoje o restaurante Cantinho do Avillez.
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