O serviço e-agenda, que permite a marcação electrónica de consultas nos centros de saúde, encerrou os primeiros seis meses de funcionamento com um total de 102 mil utilizações. O número de consultas marcadas pelos utentes por esta via representa 0,3 por cento das marcações efectuadas no período, tendo em conta dados de 2009, altura em que foram marcadas 33 milhões de consultas, adianta a edição de hoje do Diário Económico.
Contudo, o número de consultas marcadas online que se realizam de facto é quase metade. Nos primeiros seis meses deste ano apenas 54 mil consultas marcadas online se realizaram de facto.
Os números são baixos mas Fernando Mota, vice-presidente da Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS) explica ao diário que estão em crescimento. "Tem-se registado um aumento mensal de 15 mil marcações e dez mil consultas efectivadas, o que mostra que os níveis de adesão são bons e o crescimento é sistemático", explica.
Também consultado pela mesma fonte Eduardo Mendes, vice-presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, sublinha ainda que a grande maioria das consultas realizadas nas Unidades de Saúde Familiar ficam marcadas entre visitas ao consultório.
O facto de alguns centros de saúde não terem o serviço a funcionar em pleno, deixando de fora a marcação de consultas para o médico de família, como o TeK apurou, também contribui para que o sistema não seja sempre uma alternativa aos canais tradicionais.
Recorde-se que o e-agenda entrou em funcionamento em Janeiro deste ano, em todo o país, após um período de funcionamento experimental iniciado em Agosto do ano passado e restrito à região de Lisboa e Vale do Tejo.
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