A investigação terá encontrado provas de que a rede social instala cookies nos computadores dos utilizadores, que lhe permitem seguir toda a sua atividade na rede, independentemente de terem ou não a conta na rede social ativa e mesmo no caso de a apagarem e cortarem o vínculo com o serviço. Quem acede a páginas da rede social abertas, que podem ser vistas mesmo sem um registo, está sujeito ao mesmo tipo de cookies, garantem os investigadores.



O objetivo é recolher informação com fins publicitários, de forma a permitir que a empresa compile dados sobre os gostos e preferências dos clientes, para lhes poder mostrar anúncios dentro desses parâmetros.



A confirmarem-se os resultados da pesquisa, que é académica e não tem qualquer motivação legal, garante o The Independent que avança a notícia, esta prática traduz uma violação da legislação europeia.



A lei na região obriga as empresas a informarem os utilizadores sempre que estão a usar cookies, salvo em algumas situações específicas. Contactado pelo jornal, o Facebook contesta os resultados do estudo. Defende que contém incoerências e estranha que os autores nunca tenham contactado e empresa para comentar ou esclarecer os pressupostos em que se baseia a pesquisa, paga pelo organismo belga da privacidade.



Também adianta que já teve oportunidade de comentar os resultados apurados quando foi divulgada uma versão preliminar da pesquisa, disponibilizando-se para falar com os autores do estudo e corrigir os pontos que considera errados. Garante que recebeu resposta negativa dos investigadores.

O Facebook tem publicado online que recorre a cookies com fins publicitários e garante que deixa ao utilizador a possibilidade de não aceitar o recurso a estas ferramentas.

A empresa enviou entretanto ao TeK um comentário sobre o assunto onde explica com mais detalhe os argumentos que a levam a apontar pressupostos errados ao estudo: "Virtualmente todos os sites, incluindo o Facebook, usam legalmente cookies para oferecer os seus serviços.

Os cookies são uma norma da indústria há mais de 15 anos. Se as pessoas quiserem optar por não receber publicidade alinhada com os sites que visitam e as apps que usam podem fazê-lo através do EDAA".

A empresa garante aliás que vai além deste European Interactive Digital Advertising Alliance e sempre que o consumidor diz não aos cookies a empresa assume essa decisão para todos os dispositivos a partir dos quais o utilizador se liga à Internet.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com um comentário do Facebook.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico