Quase metade das crianças que utilizam Internet (47 por cento) raramente são vigiadas por adultos e 34 por cento não recebem sequer quaisquer conselhos dos pais quanto aos métodos de navegação no ciberespaço. Segundo o estudo Percepção dos Riscos da Internet para as Crianças, realizado em Itália e divulgado hoje pela Symantec, 27 por cento das crianças alvo da pesquisa são deixadas completamente sem supervisão enquanto acedem à Internet.



A generalidade das crianças analisadas - com idades compreendidas entre os 8 e os 13 anos - frequenta com regularidade salas de chat, newsgroups e outros serviços interactivos que lhes permitem comunicar com pessoas desconhecidas e uma percentagem igualmente maioritária revela interesse por tópicos relacionados com sexo.



O estudo mostra que mesmo nas escolas a abordagem da questão da Internet ou aconselhamento das crianças é pouco frequente e a maioria dos professores não tem a certeza de como abordar o assunto, nem a noção de que o ensino de TIs deva ser melhorado.



Face às respostas recolhidas junto das 5 mil crianças que responderam ao questionário, o estudo conclui que é urgente dar início a "actividades orientadas para as unidades sociais primárias", sugerindo acções que envolvam famílias e escolas.



Da mesma forma, preconiza-se que estas acções tenham como principal objectivo o afastamento ou eliminação dos contactos de riscos, estabelecidos através da rede em comunicações sem qualquer controlo. O estudo considera que as ferramentas que "permitem aos adultos suspender a navegação e restringir o conteúdo visualizado" são úteis mas não podem ser a única estratégia utilizada.



A pesquisa que tem como principal objectivo analisar os riscos para as crianças de uma navegação na Internet sem vigilância e foi conduzida pela UNICEF, pelo Ministério da Comunicação Italiano, a Polícia da Internet e a Região Italiana de Lazio. Este trabalho insere-se na campanha "O Pequeno Polegar na Internet" desenvolvida com o mesmo objectivo e da qual fazem também parte iniciativas como a criação de actividades educacionais de consciencialização de pais, crianças e professores.



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