A Microsoft é a personagem central de um caso caricato. A tecnológica norte-americana emitiu um pedido de remoção de links à Google, conhecido como Digital Millenium Copyright Act (DMCA), cujo site visado estava associado à sua própria página Web, o endereço Microsoft.com.

O erro é comum: as empresas têm sistemas automáticos de deteção de links associados a práticas ilegais como pirataria de ficheiros protegidos pelos direitos de autor. Estes sistemas têm uma taxa de precisão elevada, mas também produzem muitos erros pelo meio, pedindo a remoção de links e sites que não desenvolvem qualquer atividade ilegal.

Desta vez a aleatoriedade do erro fez com que a Microsoft pedisse a remoção de links do seu próprio site, como revela o TorrentFreak. A Google detetou o erro e nunca chegou a eliminar as hiperligações dos resultados do motor de busca.

A empresa LeakID, contratada pela Microsoft para a tarefa de encontrar os links e páginas a abater, foi a responsável pelo erro.

Além da ironia do caso, a tentativa de a "Microsoft apagar a Microsoft" está a levantar de novo a questão de pedir a remoção de sites de forma automática e não verificada. Esta não é o primeiro caso de páginas "limpas" verem-se privadas de aparecer em resultados de pesquisas por terem sido mal identificadas.

A produtora televisiva HBO pediu recentemente a remoção do reprodutor multimédia open-source VLC dos resultados de pesquisa do Google, um outro erro que teve ampla difusão mediática.

Nos primeiros seis meses do ano a Google já removeu do motor de busca cerca de cem milhões de links ligados a várias páginas, um valor que já representa um crescimento de 100% no número de hiperligações barradas relativamente ao total registado em 2012.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico