Como tem acontecido com os grandes acontecimentos mediáticos, também o anúncio da morte de Osama Bin Laden se reflectiu na maior rede do mundo. Sites que não aguentaram o fluxo de acessos e ficaram offline e um abrandamento na velocidade de navegação na Web são apenas alguns dos exemplos relatados pela imprensa internacional.

De acordo com a monitorização levada a cabo pela Keynote, o tempo de carregamento das páginas Web aumentou seis vezes, principalmente nas dedicadas a conteúdos informativos, no período que se seguiu ao anúncio do assassinato do líder da Al-Qaeda por parte dos serviços secretos norte-americanos.

Sites noticiosos como o CNN Mobile sucumbiram à utilização intensiva dos utilizadores, ficando inacessíveis por períodos do dia de ontem, um incidente que terá sido potenciado pela procura de conteúdos vídeo.

A página do Newseum é outro dos casos de serviços que ficaram indisponíveis. Este museu dedicado ao jornalismo disponibiliza online as primeiras páginas de jornais de todo o mundo, pelo que permitia obter uma perspectiva global dos acontecimentos. Tal terá dirigido o interesse dos internautas para o site, que estava a processar 2.800 pedidos de acesso por segundo quando bloqueou, detalha a Associated Press, que falou com um dos responsáveis pelos conteúdos online do museu.

Como seria de esperar - mas sem deixar de surpreender pela "rapidez de resposta" - começou também já a surgir o habitual malware e spam associados ao tema, com várias empresas de segurança a alertarem os internautas para reforçarem os cuidados na navegação.

Cuidado com os links, pois foram detectados vários sites com código maliciosos associados às pesquisas pelo "assunto do momento". Também nas redes redes sociais e emails começaram entretanto a circular as mensagens destinadas a atrair os utilizadores para esquemas informáticos.

"Apenas umas horas depois do anúncio da morte de Bin Laden, uma grande quantidade de notícias falsas inundaram as consultas dos motores de busca dirigindo a páginas online maliciosas", descreve a BitDefender.

A empresa também avisa para o surgimento "no curto prazo" de "envios maciços de correios electrónicos que incluam exploits .pdf para infectar os computadores e a utilização como engodo títulos da imprensa sobre a morte de Osama", bem como de fraudes com a venda de falsos anti-vírus.

"Nas próximas 24 horas esperamos um aumento de 100 milhões de emails no volume de spam", relacionados com a morte de Bin Laden, afirmou um dos especialistas da Symantec, citado pela SC Magazine.