A sensação é impressionante para quem toca habitualmente instrumentos mas sobretudo para quem nunca passou do lugar da assistência num concerto de música clássica. O som e as imagens sobredimensionadas garantem uma dimensão excepcional à experiência que tira partido de um espaço nunca antes utilizado no Museu do Design e da Moda.

O projecto chama-se Re-Rite e coloca os visitantes dentro de uma das mais prestigiadas orquestras do mundo, garantindo a possibilidade de interagir com a orquestração da peça "A Sagração da Primavera" de Igor Stravinsky.

A instalação multimédia interactiva estreia este Domingo no Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, onde vai estar aberta ao público, com entrada livre, até dia 23 de Janeiro.

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É a primeira vez que esta exposição se mostra fora do Reino Unido, onde a ideia nasceu à volta da Philharmonia Orchestra, com o objectivo de ultrapassar as barreiras que existem entre o público e os músicos da orquestra.

Richard Slaney, coordenador do projecto, faz um paralelo entre a experiência que se quer proporcionar aos visitantes que não têm experiência de tocar instrumentos musicais e o jogo Guitar Hero. "Sabíamos que muitos visitantes nunca tocaram instrumentos e que era difícil integrá-los com um grupo de músicos tão grande. Mas todas as pessoas conseguem jogar Guitar Hero. Essa foi uma das nossas inspirações", adiantou ao TeK.

A instalação multimédia usa imagens de vídeo da Philharmonia Orchestra, filmada em alta definição com recurso a 29 câmaras e microfones colocados junto de cada secção de instrumentos. Na exposição os instrumentos têm salas dedicadas, com a sala da percussão, clarinetes e fagotes, violinos e violas e trompas, mas também com a possibilidade dos visitantes assumirem o papel de maestros e de controlarem na régie a mistura de sons.

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As projecções dos vídeos na instalação são efectuadas em tamanho maior do que o normal e acompanhadas do som, que invade todo o terceiro andar do MUDE.

A tecnologia usada é da Samsung, que já é parceira internacional do projecto. Richard Slaney explica que em cada uma das salas tem um computador que gere as imagens e a interacção com os visitantes e que todos estão ligados em rede. O flash é utilizado nos ecrãs touchscreen para que os "participantes" consigam controlar a música.

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A Sagração da Primavera é uma das peças de música clássica mais importantes, com muitas camadas de instrumentos e grande dinâmica, o que a torna ideal para este tipo de exposição. Mas Richard Slaney defende que a experiência ideal passa pela visita à instalação multimédia e depois a possibilidade de ouvir a mesma peça ao vivo, o que é possível na próxima semana com a presença do maestro Esa-Pekka Salonem e a Philharmonia Orchestra na Gulbenkian e no Coliseu dos Recreios.

O projecto tem um site onde se explicam as bases do re-rite, com declarações de maestro Esa-Pekka Salonem e a referência aos prémios já recebidos pela instalação multimédia.

Aproveite ainda para ver o vídeo sobre esta exposição que reproduzimos abaixo.

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