De acordo com novos dados da Anacom, foram realizados cerca de 223 mil testes à velocidade da Internet através da plataforma NET.mede durante o último trimestre de 2021, numa média de 2.424 testes diários. O valor representa um aumento de 4% em relação ao trimestre anterior, mas uma diminuição de 29% em comparação com o mesmo período em 2020.

Ao todo, 72% dos testes foram realizados em acessos fixos nacionais de clientes residenciais e 18% em acessos móveis. Os restantes tiveram origem em acessos identificados como não residenciais (7%) ou foram associados a operadores estrangeiros ou indefinidos (3%).

A Anacom detalha que os utilizadores em acessos fixos residenciais da plataforma começaram a retomar os horários registados antes da pandemia de COVID-19, com o maior número de testes a ocorrer no período da tarde/noite, sobretudo entre as 16h e as 22h. No que toca aos utilizadores em acessos móveis, manteve-se a tendência registada nos trimestres anteriores com os testes a ocorrerem mais frequentemente entre as 15h e as 19h.

Anacom: Em 2021 houve um aumento de 5,2% de utilizadores de serviços móveis
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Os dados dão a conhecer que, “dos 308 concelhos de Portugal, 306 registaram testes de velocidade em acessos fixos residenciais e 284 concelhos em acessos móveis”. No que toca aos testes em acessos fixos e móveis, destacam-se a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e a região Norte, que registaram os maiores números. À semelhança do trimestre passado, Lisboa continua a ser o concelho com o maior número de testes à velocidade a Internet.

A entidade reguladora indica que, em comparação com os últimos três meses de 2020, foi possível registar uma “melhoria dos resultados medianos em acessos fixos residenciais”, com subidas de 63% e 97% nas velocidades de download e upload, respetivamente, assim como uma redução de 12% da latência.

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Segundo a Anacom, a evolução registada reflete, no caso dos acessos fixos, a “a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas”. Houve também melhorias nos acessos móveis, com um aumento de 70% e 42% nas velocidades de download e upload, além de uma redução de 5% no que toca à latência.

Olhando para os acessos fixos, o Alentejo apresentou o valor mais baixo no download mediano (86 Mbps) e a AML contou com o valor mais elevado (110 Mbps). Já no que toca ao upload mediano, o Alentejo volta a destacar-se pelo valor mais baixo (45 Mbps), com a Região Autónoma da Madeira (RAM) a registar o mais elevado (69 Mbps).

As piores latências medianas verificaram-se na Região Autónoma dos Açores (RAA) e na RAM: 30 e 23 ms, respetivamente. A melhor latência mediana verificou-se na AML (9 ms).

Nos 304 concelhos com testes válidos à velocidade em acessos fixos, 236 registaram um download mediano superior a 50 Mbps e 22, maioritariamente localizados no interior do território continental, um de 25 Mbps ou menos. No que respeita ao upload, 72 concelhos obtiveram um valor entre 25 e 50 Mbps e 197 concelhos um valor superior a 50 Mbps. Já na latência, 37 concelhos registaram m valor mediano inferior ou igual a 10 ms.

Nos acessos móveis, a região Centro apresentou o valor mais baixo no download mediano (11 Mbps) e a RAA contou com o valor mais elevado (20 Mbps). No upload mediano, a RAM e a região Centro contaram com o valor mais baixo (5 Mbps), com a RAA (11 Mbps) e a AML (9 Mbps) a registar os mais elevados. A pior latência mediana verificou-se na RAA (49 ms), e a melhor na AML (35 ms).

De um total de 282 concelhos com testes válidos à velocidade em acessos móveis, 192 obtiveram um download mediano superior a 10 Mbps e 21 um valor igual ou inferior a 5 Mbps. Em termos de upload mediano, 154 concelhos registaram um valor superior a 5 Mbps e 20 concelhos um valor inferior ou igual a 2,5 Mbps. Na latência, 144 concelhos contaram com um valor mediano inferior ou igual a 40 ms e 31 concelhos com um valor superior a 50 ms.