Netflix continua a crescer e não antecipa dificuldades com a chegada de novos concorrentes

Plataforma regista 148 milhões de subscritores, mais 9,6 milhões do que no final de 2018 e mais 23 milhões do que em março do ano passado.

A Netflix publicou recentemente o seu último relatório de contas. O documento, referente ao primeiro trimestre de 2019, é o primeiro desde a última subida no preço das subscrições e da notícia de que tanto a Disney como a Apple se estão a preparar para concorrer no segmento de mercado em que esta opera. No entanto, nada disto parece abalar a popularidade da plataforma. Em 2018, por esta altura, a empresa apresentava uma base com 125 milhões de subscritores. Um ano depois, o serviço já conta com 148 milhões, sendo que 9,6 dos quais foram adicionados ao longo de janeiro, fevereiro e março - as estimativas mais otimistas apontavam para um crescimento de 8,9 milhões.

A empresa aproveitou as boas notícias para anunciar que vai testar uma nova funcionalidade na plataforma já no segundo trimestre do ano. Entre abril, maio e junho, serão lançadas listas semanais com os conteúdos mais visualizados nos sete dias anteriores. O sistema vai ser testado no Reino Unido, mas a empresa vai tomar uma decisão acerca da expansão e continuidade desta funcionalidade com base no sucesso deste teste. A Netflix acredita que estas listas vão facilitar a seleção de conteúdos aos utilizadores.

À luz deste anúncio, a empresa revelou também o número de visualizações que alguns dos seus conteúdos registaram em janeiro. Umbrella Academy, por exemplo, registou 45 milhões de visualizações, ao passo que o documentário sobre o festival de música Fyre registou 20 milhões. O filme Triple Frontier, que conta com Ben Affleck no elenco, foi visto 52 milhões de vezes.

Por último, a empresa pronunciou-se ainda sobre os novos concorrentes. De acordo com a própria, estes novos serviços não deverão "afetar o crescimento" do Netflix porque "a transição do linear para o on demand é um fenómeno massivo" e porque existem diferenças na oferta dos serviços contemplados. "Acreditamos que vamos continuar a crescer à medida que investimos mais em conteúdos e no melhoramento do nosso serviço e à medida que os consumidores continuam a migrar do cabo" para outras formas de consumo.