News Tab: nova aposta do Facebook em “jornalismo de qualidade” vai chegar já em outubro

A rede social confirmou que os planos anunciados em agosto deste ano vão tornar-se realidade. No entanto, o serviço agregador de notícias terá de enfrentar o escrutínio do público.

O Facebook deverá lançar uma aba “News” hoje, 25 de outubro, avança o The Washington Post. A secção dedicada a notícias vai disponibilizar conteúdo de centenas de meios noticiosos, alguns dos quais serão pagos pelo serviço.

O CEO da gigante tecnológica, Mark Zuckerberg, tinha já dado a entender, no depoimento que prestou a 23 de outubro no Congresso norte-americano, que a semana seria marcada pelo lançamento de uma iniciativa que “apoia o jornalismo de qualidade”.

Em agosto desde ano a gigante tecnológica deu a conhecer ao mundo o seu plano de investimento na área das notícias. Como resposta às críticas dos órgãos de comunicação social que viam os seus conteúdos na rede social sem qualquer tipo de remuneração financeira, o Facebook avançou com um orçamento de três milhões de dólares para compensar a imprensa.

Para competir com serviços agregadores de notícias à semelhança da Google e da Apple a “News Tab” apresentará notícias oriundas dos seus 200 meios de comunicação parceiros. O serviço será curado em parte por uma equipa de jornalistas contratada pelo Facebook, sendo que o algoritmo da empresa tratará da restante seleção de conteúdo.

A decisão do Facebook surge numa altura em que, embora tenha redobrado a sua atenção no que toca a conteúdos potencialmente falsos, a empresa está a enfrentar o escrutínio do público por permitir na sua plataforma intervenções de políticos que se podem constituir como desinformação.

Recorde-se que a rede social se recusou a remover anúncios da campanha de Donald Trump que continham informação falsa. Tal como noticiado pelo The New York Times a publicação acusava Joe Biden, o ex-vice-presidente dos EUA, de prometer mil milhões de dólares ao governo ucraniano em troca da proteção do seu filho contra uma investigação. A acusação foi dada como falsa por sites de fact-checking à semelhança do PolitiFact e do Factcheck.org.