Os analistas do FBR Capital Markets defendem que a audiência do Netflix já está em pé de igualdade com a das grandes emissoras de televisão norte-americanas, como a ABC e a NBC. E dado que a taxa de crescimento anual do serviço é de 40%, não será preciso mais de um ano para ultrapassar outros gigantes, como a Fox ou a CBS.

As conclusões podem levantar alguma polémica, porque comparam dados de fontes diferentes, que não monitorizam exatamente os mesmos aspetos. Em relação às cadeias de televisão observam os números apurados pela Nielsen TV, deixam de fora o consumo online de conteúdos televisivos.

No caso do Netflix os dados usados para comparação foram retirados do relatório trimestral da empresa (onde se refere que os clientes da plataforma consumiram 10 mil milhões de horas de vídeo nos três primeiros meses do ano).

Mesmo sem dados diretamente comparáveis, a consultora defende que a análise aponta uma tendência que deve mesmo confirmar-se. A mesma pesquisa, citada pela Variety mostra ainda o que acontece quando os consumidores têm de escolher entre o Netflix e a televisão por cabo ou satélite: 57% escolheu a primeira opção.

Além da produção própria de conteúdos, o Netflix investe forte nos direitos de transmissão e graças a isso tem conseguido garantir uma oferta que desafia a concorrência.

A FBR estima que a plataforma de streaming gaste cerca de 2 mil milhões de dólares em direitos de transmissão, apenas nos Estados Unidos, ao longo deste ano. O valor é superior ao gasto pela HBO e a Showtime, serviços por subscrição com os quais o Netflix concorre diretamente.

O Netflix chega a Portugal em outubro, aumentando para 50 o número de países cobertos pelo serviço, 13 dos quais na Europa. O serviço vai ter um custo de 7,99 euros por mês e um mês será de utilização gratuita.