A Get Online Week, que esta semana se assinala com iniciativas por toda a Europa, é mais uma das estratégias que a União Europeia está a desenvolver para aumentar a inclusão digital, sensibilizando os cidadãos para as vantagens do mundo online e mobilizando a sociedade para este problema.

Em Portugal os últimos números indicam que 33% dos cidadãos nunca usaram a Internet, por falta de interesse ou de ferramentas para o fazer, e esta é uma realidade que a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), através da Rede TIC e Sociedade, tem procurado combater.

A FCT aderiu este ano pela primeira vez à Get Online Week e desafiou os parceiros para desenvolverem e registarem as atividades de sensibilização para o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, tirando partido da sua capacidade de chegarem aos públicos mais fragilizados, seja pela idade, formação académica ou falta de recursos financeiros.

Até agora estão previstas 30 iniciativas em todo o país, envolvendo mais de 800 participantes. A nível europeu serão mais de 50 mil os europeus envolvidos, em 25 países.

Mas serão estas iniciativas suficientes? A taxa média de não utilizadores de Internet caiu de forma marginal em 2013, fixando-se nos 20%, mas o número de países com taxas mais elevadas ainda é grande, uma lista onde se inclui Portugal, a par da Polónia, Malta, Itália e Bulgária. E por isso a meta definida de chegar a uma média de 15% na Europa em 2015 ainda parece difícil de atingir.

As maiores barreiras a ultrapassar estão identificadas. A ausência de necessidade, competências insuficientes, falta de computador e custos elevados estão entre as razões apontadas pelos cidadãos que não usam a Internet para se manterem offline.

A Comissão Europeia admite que com o tempo o argumento dos custos tem vindo a assumir maior importância, sobretudo em lares com crianças e baixos rendimentos.

A falta de competências é também um dos fatores que impedem a utilização da Internet. 47% da população europeia tem competências digitais insuficientes, enquanto 23% não tem nenhumas.

Os números são mais uma vez penalizadores para Portugal, onde mais de 30% da população não tem qualquer competência digital e mais de 50% tem um nível considerado insuficiente, segundo dados de 2012 do Eurostat. Entre as populações desfavorecidas os números são ainda mais graves, como seria de esperar.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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