China, Rússia, Irão e Coreia do Norte são os países apontados no relatório que foi apresentado na semana passada e que alinha pela primeira vez, de forma pública, a estratégia do Pentágono para a guerra no ciberespaço.



A nova estratégia foi apresentada pelo secretário da Defesa, Ashton Carter, e mostra o aumento da preocupação da administração Obama com o tema da ciberguerra. Segundo o The New York Times, esta é a quarta vez em quatro meses que executivos da Casa Branca apontam o dedo a ataques hackers ou referem a estratégia para contra-atacar em caso de ciberataque.



Barack Obama já tinha prometido uma renovação da estratégia de ciberguerra, garantindo que o número crescente de ataque não deveria ficar impune.




Em 2011 a estratégia definida pela presidência dos Estados Unidos era menos clara e referia apenas um “arsenal” de ciberarmas que o Pentágono estava a desenvolver e que podia ser usado em caso de ataque.



Depois da Coreia do Norte ter sido apontada de forma pública como culpada dos ataques à Sony, registados há poucos meses, e da China ter sido acusada de atacar alvos empresariais nos Estados Unidos, a conversa parece mudar de tom, e a nova política é mais clara e definida.



Segundo os dados partilhados, a estratégia define a linha de atuação e as várias condições que podem levar os Estados Unidos a retaliar um ciberataque, numa espécie de hierarquia de gravidade. Fica claro que cada empresa tem de estabelecer as suas medidas de defesa, mas que o Departamento de Defesa assume a responsabilidade de identificar ataques mais complexos e ajudar o sector privado a defender-se.



No caso de um volume de ataques significativo, que atinja 2% dos sistemas norte-americanos, poderá haver uma resposta concertada, liderada pelo Pentágono e o Ciber Comando militar.



Na estratégia fica claro que os Estados Unidos tentarão sempre usar os meios de defesa nas redes e a nível legal para mitigar os ciberriscos antes de iniciar uma operação, mas admite.se que poderá haver momentos em que o Presidente e o secretário da Defesa possam dar ordem de um ataque às redes e sistemas de adversários militares para proteger interesses dos EUA.



Para além dos ataques da Coreia do Norte e da China a empresas norte-americanas, o próprio Pentágono admitiu ter sido vítima de ciberintrusão há alguns meses, embora sem revelar se terá havido semelhanças como ataque à Casa Branca anteriormente registado.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Nota da Redação: Foi feita uma correção no 5º parágrafo.